O governo federal vai contratar 4 mil médicos cubanos em um convênio com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). Os médicos irão suprir as vagas não preenchidas no programa Mais Médicos.

Em um primeiro momento, virão 400 médicos para 701 municípios, a maioria do Norte e Nordeste do País. O investimento será de R$ 511 milhões até fevereiro de 2014, segundo o Ministério da Saúde.

Os médicos cubanos, ao contrário dos brasileiros, não poderão escolher em qual município irão atuar. Eles terão os mesmos benefícios dos participantes do Mais Médicos (auxílio-moradia e alimentação, pagos pelas prefeituras), mas não deverão receber os R$ 10 mil. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governo brasileiro irá pagar à Opas o valor equivalente à remuneração dos demais profissionais contratados pelo Mais Médicos, e a organização repassará esse dinheiro para o governo cubano. Não foi informado quanto da remuneração será repassada aos médicos cubanos.

O ministro ainda apontou que todos os cubanos têm residência médica em medicina da família, sendo que dos 400 que chegarão no final de semana, 30% têm pós-graduação em outras especialidades.

Além de Cuba, a Opas continua buscando a parceria de países, universidades e organizações de outros países para participação no Mais Médicos, no âmbito do acordo firmado com o Ministério da Saúde. Nestas parcerias, só serão ofertadas as vagas não preenchidas pelos editais de chamamento individual.