O Censo de 2000 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que existem aproximadamente 25 milhões de brasileiros com deficiência, dos quais 46% são mulheres. Quando se fala em mulheres que têm deficiência um dos grandes questionamentos fica em torno da sexualidade e da possibilidade de engravidar.

Segundo a ginecologista Maria Letícia Fagundes, a mulher portadora de alguma deficiência física pode engravidar normalmente dependendo de sua limitação física. O órgão da gestação é o útero e se este estiver em boas condições a gravidez segue para o feto sem muitas limitações, explica.

Entretanto, Maria Letícia explica que para a mãe isso pode representar algumas dificuldades, em especial relativas a patologias osteoarticulares, como artrite, osteoporose, reumatóide do quadril, da coluna e dos membros inferiores.

Imaginem que o centro de gravidade muda naturalmente numa mulher saudável para que ela atinja o equilíbrio ao caminhar. Nessas patologias esse equilíbrio será acompanhado por adaptação dolorosa da parte osteomuscular. Isto limita a atividade física, e, por conseguinte pode influenciar toda a harmonia da gravidez, alerta a médica.

Porém, com os cuidado especiais, qualquer mulher com o útero em boas condições pode engravidar, sendo deficiente física ou não. Segundo a ginecologista, um Pré-Natal bem conduzido é o principal para que a gestação corra tranquilamente e sem riscos para a mãe e o bebê.