BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou oficialmente os três secretários gerais que comandarão a Fazenda, o Planejamento e a Indústria e Comércio Exterior, hoje ministérios apartados e que serão reunidos em uma única pasta sob seu comando.

O secretário geral da Fazenda será Waldery Rodrigues Júnior. Engenheiro formado pelo ITA e pós-graduado em economia pela universidade americana de Michigan e pela Unb, atualmente era coordenador geral da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. 

Ele terá como adjunto o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

O planejamento muda de nome no governo Jair Bolsonaro e se chamará secretaria geral de desburocratização, gestão e governo digital. Ela será comandada por Paulo Uebel, que foi secretário de gestão na prefeitura de João Dória (PSDB), em São Paulo. Formado em ciências jurídicas pela PUC-RS, é mestre em administração pública pela universidade americana de Columbia. Uebel também participou do Instituto Millenium, de difusão do pensamento econômico liberal, fundado por Paulo Guedes.

Uebel terá como adjunto o atual secretário-executivo do Planejamento, Gleisson Cardoso Rubin.

O atual Mdic (Ministério da Indústria e Comércio Exterior) se transformará na secretaria geral de produtividade e competitividade e será comandada por Carlos da Costa. Ex-diretor do BNDES, Costa formou-se em economia pela Uerj e mestre pela universidade americana da Califórnia.

Guedes também confirmou Marcelo Guaranys, ex-presidente da Anac e assessor especial da Casa Civil para infraestrutura como seu número 2. 

Com o comunicado oficial, feito na manhã deste sábado (8), Guedes praticamente fecha o desenho de seu super ministério.

O empresário Salim Mattar já havia sido confirmado como secretário geral de privatizações e deve chegar em Brasília no dia 18. Na secretaria especial de comércio exterior e assuntos internacionais, o nome confirmado é o de Marcos Troyjo.

Na próxima semana, Guedes definirá se vai apartar a Previdência da secretaria geral de Receita e Previdência, comandada por Marcos Cintra. 

O desenho inicial era que o tema ficaria abaixo do guarda-chuva de Cintra. Porém, diante da repercussão negativa provocada por declarações de Bolsonaro, seu filho e pelo futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, indicando que a reforma da Previdência não avançaria, Guedes passou a avaliar a criação de uma secretaria geral específica para mostrar que o tema é prioritário.

O mais cotado para pilotá-la é o deputado federal, Rogério Marinho (PSDB-PB), que foi relator da reforma trabalhista no Congresso e que é considerada um êxito pela equipe de Jair Bolsonaro.