Reprodução / Uninter

Um ex-funcionário do Centro Universitário Internacional (Uninter), grupo educacional com sede em Curitiba que atua também em ensino técnico e à distância no Brasil e Estados Unidos, foi preso na tarde desta terça-feira (26) suspeito de extorquir diretores da instituição. Raphael Cellupi, de 33 anos, é profissional de Tecnologia da Informação (TI) e, segundo as investigações da Delegacia de Estelionato de Curitiba, teria exigido quase R$ 1 milhão para não expor dados particulares e financeiros de funcionários e alunos. 

Além das ameaças, segundo as investigações, o ex-funcionário já teria hospedado dados sobre os alunos em servidores fora do Brasil. O valor da venda desse tipo de informação no mercado negro chegaria a 200 mil dólares.

“Os diretores e funcionários de T.I dessa instituição de ensino foram ouvidos na delegacia e falaram que esse funcionário estaria fazendo inserções via internet, no sistema de dados da instituição. Ele teria pego alguns dados e hospedado em servidores fora do Brasil, mostrando os dados furtados para os diretores e afirmando que teria que ser feito um contrato com ele”, declarou o delegado Emmanuel David.

Raphael trabalhou na Uninter durante o processo de atualização do sistema de banco de dados de alunos entre julho de 2015 e dezembro de 2016 e também coordenou a criação e implantação do sistema educacional virtual da instituição em julho de 2017.

Ele foi preso em flagrante após os diretores da instituição registrarem a ocorrência. No momento da prisão, o suspeito mostrou os dados das pessoas para os gerentes. Segundo a polícia, ele está à disposição da Justiça e deve responder por crimes de extorsão e invasão de dispositivo informático.

A Uninter informou por meio de nota que o suspeito preso era funcionário terceirizado e que informações da instituição não foram vazadas. “O Centro Universitário Internacional Uninter esclarece que Raphael Celuppi foi um prestador de serviço terceirizado e nunca fez parte do quadro de funcionários da instituição. A empresa reforça ainda que não houve vazamento de informações e mantém uma rigorosa política de segurança da informação, com datacenters de padrão internacional, compatíveis com as maiores empresas do mundo, dotados do mais elevado grau de infraestrutura na segurança de dados”, diz a nota na íntegra.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Raphael Cellupi.