Reprodução/Rangers.co.uk – Gerrard: em defesa da saúde dos jogadores

O técnico do Rangers, da Escócia, o inglês Steven Gerrard, declarou apoio à campanha contra o uso de grama sintética. Segundo o jornal The Guardian, jogadores dos nove dos 12 clubes da primeira divisão escocesa assinaram uma petição contra o uso do material artificial nos campos de futebol. Os únicos três clubes que não apoiam são o Kilmarnock, o Hamilton e o Livingston, que usam o gramado sintético.

Gerrard, 38 anos, somou 114 jogos pela seleção inglesa e 710 pelo Liverpool. Conquistou uma Liga dos Campeões, uma Liga Europa e outros nove títulos pelo clube inglês. Parou de jogar em 2016 e, como técnico, está no comando do Rangers desde maio de 2018.

“Eu não gosto da grama sintética e não gosto deles jogando nesse piso. Eu acho que é perigoso. Eu respeito os times que utilizam por questões financeira, mas, para mim, que fui um jogador e agora sou técnico, eu acredito que o jogo estará melhor se não tivermos grama sintética”, declarou, para o The Guardian. “Essas pessoas precisam pensar nos jogadores, na sua saúde e segurança. Minha opinião é que os jogadores estão muito mais seguros na grama natural”, afirmou.

“Nós estamos tentando atrair jogadores de alto nível para a liga e aumentar os padrões. Todas as outras ligas de elite jogam na grama natual, porque a Escócia não?”, questionou.

A reclamação de Gerrard não tem relação com os resultados em campo. Os três clubes com grama sintética não levam vantagem como mandante. O Kilmarnock é o terceiro melhor mandante da primeira divisão escocesa, mas também é o terceiro melhor visitante. O Hamilton é o 10º entre os mandantes e o 11º entre os visitantes. O Livingston é o único com uma leve vantagem: 5º em casa e 9º fora.

BRASIL
No Brasil, o Athletico Paranaense vem usando a grama sintética na Arena da Baixada desde 2016. O piso também não trouxe vantagem em termos de resultado – clique aqui para ver as estatísticas, atualizadas até novembro de 2018.

E, desde 2016, o piso do estádio em Curitiba tem recebido mais elogios de técnicos e jogadores do que críticas. A explicação é que, no Brasil, os gramados naturais raramente conseguem igualar a qualidade dos campos europeus. Nesse caso, a grama sintética da Arena acaba surgindo como solução.