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No dia da chegada das primeiras 265 mil doses da vacina anticovid, repassadas pelo Ministério da Saúde, a secretária municipal de Curitiba, Márcia Huçulak fez um alerta: Nós precisamos de pelo menos de 60% a 70% da população vacinada para daí liberarmos algumas medidas como uso de máscara”. Por enquanto, os cuidados para evitar a Covid-10 continuam o mesmo, máscara, distanciamento social e higiene reforçada. “Começo da vacinação não elimina o novo coronavírus. Nós temos uma maratona pela frente”.  Com as 265 mil primeiras doses erá possível vacinar 1,1% da população. Para Curitiba, são aproximadamente 48 mil doses. Como a vacina é aplicada em duas doses, esse volume será suficiente para atender 24 mil pessoas.

“Todos serão vacinados”, diz o prefeito Rafael Greca. “Mas como as vacinas vão chegar em lotes – e ainda não há volume suficiente para todos –, é preciso estabelecer uma escala.” A imunização será, portanto, feita por fases estabelecidas de acordo com o grau de exposição ao risco da doença. O primeiro grupo a ser vacinado a partir de quarta-feira será o de servidores de saúde, os idosos abrigados em Instituições de Longa Permanência (ILPs) e indígenas (150 indígenas que moram na aldeia Kakané-Porã, no Tatuquara).

Como proceder
Por enquanto, os vacinados estão sendo acionados pelo município. É importante esclarecer que a população não deve comparecer neste momento nem nas unidades de saúde nem no pavilhão da vacinação (Barigui). A vacinação de todos será precedida de cadastro no aplicativo Saúde Já (procedimentos que serão detalhados posteriormente) e subsequente chamamento.

A estrutura do pavilhão está sendo finalizada. A vacinação dos idosos das ILPs será feita, conforme programado desde o início, nos locais onde eles estão albergados.

Para as fases subsequentes, a população em geral será avisada antecipadamente sobre os procedimentos a serem feitos para vacinação, que será desenvolvida ao longo dos próximos meses em todo o país – como ocorre tradicionalmente, por exemplo, com a vacinação contra gripe.

Todo o fluxo da vacinação depende da distribuição dos imunizantes, que é de responsabilidade do Ministério da Saúde.

A Secretaria Municipal da Saúde esclarece que Curitiba tem uma rede e um histórico de expertise e eficiência bastante positivos na área de vacinação da população – o que é importante para garantir a devida organização para o trabalho agora contra a covid-19.

Prevenção precisa continuar
É necessário reforçar, nesta fase, que é importante que todos mantenham os procedimentos básicos de prevenção à covid-19: uso de máscara e álcool em gel, além de manter distanciamento social e evitar aglomerações.

Fases da vacinação
O Plano Municipal de vacinação segue as orientações do Ministério da Saúde, e conta com quatro fases, priorizando por ordem de atendimento a população mais vulnerável e exposta ao risco de contaminação do novo coronavírus.

Na primeira fase a estimativa é vacinar quase 80 mil pessoas. Com exceção dos indígenas e dos idosos que estão em instituições de longa permanência que serão vacinados, os demais grupos terão os agendamentos pelo aplicativo Saúde Já.

A ordem de imunização segue com idosos acamados, pessoas acima 80 anos, pessoas entre 79 e 75 anos, de 74 a 70, de 69 a 65 e de 64 a 60, funcionários e população privada de liberdade.

Depois disso, vêm os cardiopatas graves, diabéticos, hipertensos, obesos, doentes neurológicos, pessoas com deficiências permanentes severas, pessoas com neoplasias, imunossuprimidos e transplantados e população de rua.

Em seguida virão os trabalhadores essenciais, como limpeza pública, segurança pública, motoristas e cobradores, professores, taxistas e motoristas de aplicativos. Posteriormente, a população com menos de 60 anos será vacinada seguindo a ordem de idade, dos mais velhos para os mais jovens