SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os preços de alimentos e combustíveis dispararam em meio à paralisação de caminhoneiros e pressionaram o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) de junho, indicador que serve de medida para a inflação oficial do país.

Dados do IBGE divulgados nesta quinta-feira (21) apontam que o índice acelerou 1,11% entre 16 de maio a 13 de junho, na maior variação para o mês desde 1995, quando registrou 2,35%.

O movimento dos caminhoneiros, que reivindicava, entre outras coisas, diminuição no preço do diesel, paralisou o país entre os dias 21 e 31 de maio, com os reflexos de desabastecimento se estendendo por junho.

Os grupos alimentação e bebidas (1,57%), habitação (1,74%) e transportes (1,95%) foram as principais influências para puxar o indicador.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, já havia dobrado em maio —ficou em 0,4%—, impactado pela paralisação, que foi sentida sobretudo no preço dos alimentos. Mas o IBGE havia afirmado que, como a paralisação ocorreu na última semana do mês, os reflexos devem ser sentidos também no índice de junho.