Pelo terceiro ano consecutivo, a Itaipu recebeu da Standard & Poor’s Ratings Services o rating de crédito corporativo de longo prazo ‘brAAA’, na Escala Nacional Brasil. É a mais alta avaliação da agência, uma das mais conceituadas do mercado financeiro mundial.
O rating é uma avaliação feita sobre a capacidade de um país ou uma empresa saldar seus compromissos financeiros.
A avaliação reflete a opinião dos consultores sobre a capacidade financeira global da Itaipu para honrar suas obrigações financeiras na data de seu vencimento. A boa nota mostra a confiança da agência na gestão da empresa, colocando-a entre as mais confiáveis corporações do Brasil. Avaliamos o perfil de risco de negócios de Itaipu como ‘satisfatório’, diz o relatório.
Para a diretor financeira-executiva da Itaipu, Margaret Groff, a manutenção consecutiva do rating brAAA reflete os bons resultados dos investimentos que temos feito na melhoria continua dos processos, implantando ferramentas de gestão eficientes, que nos possibilitam avançar na implantação de novas metodologias e procedimentos, mantendo a qualidade dos controles internos.
Entre os fatores que tiveram com maior peso no rating estão a importância estratégica da binacional para os governos do Brasil e do Paraguai; os fortes indicadores operacionais e a previsibilidade de receitas e de necessidades de caixa, em função das regras estabelecidas pelo Tratado de Itaipu.
Pesou ainda o papel crítico da empresa para o sistema elétrico do Brasil, por ser responsável, isoladamente, pelo suprimento de 17% da demanda de energia elétrica do País; e seu vínculo muito forte com o governo brasileiro, por ser um assunto de interesse nacional.
Esses elementos positivos superam o elevado endividamento financeiro da Itaipu, visto como ponto fraco da instituição. Como os únicos credores são o Tesouro Nacional do Brasil e a Eletrobras, e os juros sobre os empréstimos e financiamentos são pré-fixados, mesmo esse ponto fraco acaba sendo mitigado.
Historicamente, a Eletrobras, maior compradora da energia gerada por Itaipu, representa mais de 90% das receitas da usina. Acreditamos que esses aspectos acabam reduzindo os riscos relacionados à qualidade de crédito do Paraguai, diz o relatório.
Segundo a Standard & Poor’s, a perspectiva do rating para os próximos anos permanece estável. A usina continuará se beneficiando do suporte demonstrado pelo governo brasileiro. O rating da entidade poderia ser rebaixado caso houvesse uma ação similar nos ratings de crédito soberano do Brasil, aponta o relatório.
