A Justiça da Itália designou um administrador judicial para supervisionar as operações da Uber na Itália por um ano, após sentença em Milão determinar que o serviço de entrega de alimentos da empresa, a Uber Eats, explora os usuários que fazem entregas.

A decisão, segundo a agência Ansa, compara o tratamento que a Uber dá aos entregadores ao sistema de “caporalato”, utilizado pela máfia italiana ao usar trabalho análogo ao escravo em fazendas e construção civil com imigrantes que chegam à Itália.

Em resposta, a Uber disse que obedece as leis italianas e condenou qualquer forma de “caporalato”, pontuando que espera “continuar trabalhando com as autoridades da Itália”. Não é a primeira vez que a Uber e as autoridades italianas travam batalhas. Após lobby do setor taxista em 2017, a empresa americana só pode operar o serviço Black, mais caro, no país.