BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Itamaraty planeja criar um instituto de divulgação da cultura brasileira nos moldes do Instituto Confúcio, da China, do Goethe, alemão, e do Camões, português, segundo apurou a reportagem.


Inicialmente, seria chamado de Instituto José Bonifácio, em homenagem ao patrono da independência do Brasil.


A ideia da alcunha chegou a ser incluída no organograma do “novo” Itamaraty, mas o nome de José Bonifácio já é usado por outra instituição. O Ministério das Relações Exteriores busca um novo nome.


O instituto também ensinaria a língua portuguesa na vertente brasileira e a história do país.


A ideia é fortalecer o soft power do país, ou seja, a capacidade de uma nação de influenciar outras sem recorrer à força.


O ministério vai aproveitar a rede de 24 centros culturais do Brasil no exterior, que são responsáveis pela aplicação do Celpe-Bras —certificado de proficiência em língua portuguesa.


No Chile, por exemplo, o centro existe desde 1939. A ex-presidente chilena Michelle Bachelet estudou língua portuguesa lá.


Os centros serão modernizados e terão poder de atuação maior. Também contará com a estrutura de 40 leitorados em universidades estrangeiras —professores que atuam nas instituições promovendo a língua e a cultura brasileiras.


O instituto terá formato de fundação, com uma nova marca. O objetivo é que o centro tenha autonomia financeira, sustentando-se com a receita de cursos.