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Começou na tarde desta quinta (26) o júri popular da ex-policial civil Kátia das Graças Belo, acusada de matar a copeira Rosaira Miranda da Silva. Em 23 de dezembro de 2016, a então policial se irritou com o barulho de uma festa e atirou da janela do apartamento para o prédio ao lado no bairro Centro Cívico, em Curitiba. A vítima estava em uma confraternização com a equipe de trabalho, nos fundos de um lava a jato, e foi atingida na cabeça. Após nove dias de internação, ela morreu.

No início da tarde, os jurados foram levados ao local do crime e também à casa da ré, a pedido do juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar.  “A fim de que os jurados possam ter uma compreensão mais integral acerca da dinâmica do ocorrido, defiro o pedido formulado pela defesa referente à inspeção no local dos fatos e consigno que referida diligência abrangerá tanto a residência da acusada Kátia das Graças Belo quanto o estabelecimento comercial onde ocorreu o delito”, escreveu o juiz.

Após discussão jurídica, em junho do ano passado, os ministros da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram que Kátia será julgada por homicídio com as qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima, com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. A família de Rosaira fez diversos protestos contra o fato de a ex-policial responder o processo em liberdade. Nesta quinta, a família também fez protesto durante a manhã na frente do Tribunal do Juri, no Centro Cívico,.l

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Kátia agiu “impelida por motivo fútil, pois sentiu-se incomodada com o barulho advindo do estabelecimento comercial localizado ao lado da sua residência, onde acontecia uma confraternização. Assim, visando acabar com a reunião e espantar as pessoas que estavam no local, apontou a sua arma em direção a elas e efetuou disparos.”