O juiz Juliano Nanuncio, da 3ª Vara Criminal de Londrina (Norte do Estado) acatou denúncia do Ministério Público contra 125 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de corrupção na Receita Estadual, investigado na segunda fase da Operação Publicano. A operação apura suposto esquema no qual auditores fiscais do Estado cobravam propina para perdoar ou anistiar dívidas de empresas com o fisco paranaense. Além de auditores, foram denunciados contadores, advogados e empresários, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, tráfico de influência e concussão.

Um dos réus é o empresário Luiz Abi Antoun, primo em sétimo grau do governador Beto Richa (PSDB). Ele é apontado pelo MP como o “gestor político” do esquema, por supostamente fazer comandar as indicações para cargos chave na Receita e coordenar a arrecadação do dinheiro para campanhas eleitorais. O empresário foi preso por duas vezes, a última no dia 11 de junho, tendo conseguido um habeas corpus no último dia 22 para responder o processo em liberdade.

Outro denunciado é o ex-inspetor geral da Receita, Márcio de Albuquerque Lima, acusado pelo MP de liderar o grupo. Ele também foi preso duas vezes, e liberado através de habeas corpus no último dia 19.