A Justiça Federal autorizou a venda de artigos de luxo de Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca – considerado por anos o maior traficante da América Latina – abaixo do valor de mercado e também aprovou o parcelamento, em até dez vezes, de bens apreendidos na Operação Enigma de combate ao tráfico. Segundo a Polícia Federal, os traficantes presos durante esta operação eram responsáveis por parte do abastecimento de crack e cocaína em Curitiba e Região Metropolitana. Os entorpecentes vinham do Paraguai para serem distribuídos entre traficantes menores na Grande Curitiba. De acordo com as investigações, o grupo movimentava pelo menos 200 quilos de drogas por mês.

Cabeça Branca, dono de um patrimônio avaliado em pelo menos R$ 325 milhões de reais, esteve no topo da lista dos criminosos mais procurados do país por mais de três décadas. Sozinho era responsável por abastecer mensalmente com pelo menos cinco toneladas de cocaína, de alto grau de pureza, países na Europa, na África e nos Estados Unidos. Considerado pela Polícia Federal como um grande empresário do narcotráfico chegou a ser chamado de Pablo Escobar brasileiro.    

Os primeiros leilões irão acontecer, respectivamente, nos dias 16 de agosto, a partir das 10h, e 24 de agosto, a partir das 10h, pelo site do leiloeiro público oficial, Guilherme Toporoski.

De acordo com Guilherme, a Justiça concedeu tais vantagens para garantir que os produtos sejam vendidos. “A Justiça autorizou que os bens sejam ofertados por valor abaixo do preço e com possibilidade de pagamento parcelado visando aumentar a efetividade da venda antecipada dos bens suscetíveis à deterioração e depreciação, tais como, bebidas, bolsas e veículos apreendidos na Operação Spectrum, que se encontram no depósito da Polícia Federal”

Todos os leilões são feitos em duas datas, caso no primeiro os itens não tenham saída. “No primeiro leilão os bens serão oferecidos pelo valor de avaliação, já no segundo leilão os lances podem ser feitos partir de valores entre 60% e 80% da avaliação”, explica o leiloeiro.

Leilão dos bens de Cabeça Branca – Operação Spectrum

Em 2017, alguns bens do traficante Cabeça Branca já foram leiloados. No entanto, dessa vez o público poderá adquirir itens por preços inferiores aos oferecidos anteriormente. Entre as mercadorias estão quase trinta garrafas de vinhos renomados – como Chateau Latour, Chateau Mouton Rothschild, Petrus, entre outros – com preços entre mil e R$ 13 mil, bolsas femininas da Louis Vuitton e Salvatore Ferragamo e um veículo Ford Focus.

O 1º leilão será realizado no dia 16/08/2018, a partir das 10h, e o 2º leilão no dia 23/08/2018, a partir das 10h.

Leilão dos bens da Operação Enigma

Na venda dos bens apreendidos de vários traficantes presos durante a Operação Enigma, a vantagem concedida pela Justiça partirá do lance mínimo de 80% da avaliação e possibilidade de parcelamento da compra em até dez vezes. Entre os itens oferecidos estão relógios das marcas Bulova, Montblanc, Armani, Invicta, Diesel e Rolex, alguns desses com 75% em ouro.

Já as joias são avaliadas somente pelo peso em ouro e prata, desconsiderando marca e design. Veículos que também já foram a leilão serão novamente ofertados, como uma Land Rover Range Rover Sport 2015/2016,uma BMW X6 M – 2015/2016 e um Jet Ski SeaDoo GTI 90 2016/2017. Os carros estão disponíveis para visitação no pátio da Polícia Federal, no bairro Hauer, em Curitiba.

O 1º leilão será no dia 24/08/2019, a partir das 10h, e o  2º leilão no dia 30/08/2018, a partir das 10h.

Como participar

Para participar os interessados deverão ofertar lances exclusivamente pela internet no site https://topoleiloes.com.br/, desde que previamente cadastrados no prazo de até 24 horas antes do início da data agendada. Os bens serão entregues livres e desembaraçados de ônus, inclusive os de natureza fiscal (art. 130, § único, do CTN).

A lista completa de todos os objetos do leilão pode ser vista no site do leiloeiro oficial, definido pela 23ª Vara Federal de Curitiba. 

Os veículos estão disponíveis para visitação no pátio da Polícia Federal, no bairro Hauer, em Curitiba.

Os vinhos estão armazenados na Polícia Federal de Londrina. As joias e relógios encontram-se no cofre de uma agência da Caixa Econômica Federal e não é permitido que sejam retirados antes da compra.