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O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou ontem (27 de dezembro) o bloqueio de R$ 50 milhões das contas do médium João de Deus, preso após vir à tona centenas de denúncias de abuso sexual. Os crimes teriam sido cometidos durante atendimento espiritual em Abadiânia e o suspeito nega as acusações.

A decisão da Justiça tem como intuito garantir que, caso João de Deus seja condenado, haja dinheiro para reparação das vítimas. Para se ter noção do tamanho do caso, 79 mulheres já prestaram depoimento ao Ministério Público e mais de 600 notificações de abusos sexuais já foram feitas.

Enquanto isso, a defesa do médium segue trabalhando par atentar tirá-lo da prisão. Também ontem, uma decisão do juiz Wilson Safatle Faiad concedeu a prisão domiciliar ao suspeito pelo crime de posse ilegal de arma. Ele, contudo, continua preso por violação sexual. Um pedido de habeas corpus já tramita no Supremo Tribunal Federal com relação a esse crime.

Nos próximos dias, uma denúncia contra o religioso deverá ser apresentada, acusando-o de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. O processo, segundo a promotora Gabriella Clementino, envolve o caso de uma vítima cujo inquérito já foi concluído pela Polícia Civil e abarcará ainda outras três vítimas que estão incluídas no procedimento de investigação criminal conduzido pelo Ministério Público.