Marcelo Camargo/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, virou réu sob a acusação dos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual. A denúncia apresentada pelo Ministério Público foi acatada nesta quarta-feira (9) pela juíza Rosângela Rodrigues dos Santos, da Justiça de Abadiânia (GO).

João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro após ter sido acusado de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. O crime teria sido praticado contra centenas de mulheres.

O processo no qual João de Deus virou réu nesta quarta trata de quatro supostas vítimas do médium. A denúncia havia sido encaminhada pelo Ministério Público de Goiás no dia 28 de dezembro. Seriam dois crimes de violação sexual mediante fraude e dois estupros de vulneráveis supostamente praticados pelo médium durante atendimentos em sua casa espiritual. Os casos teriam ocorrido entre abril e outubro de 2018.

O inquérito para apurar os supostos crimes foi aberto depois de o Ministério Público de Goiás ter recebido mais de 300 denúncias de abuso sexual do médium. João de Deus tinha sua base na cidade de Abadiânia (GO) há 42 anos. No local ele mantém a Casa Dom Inácio de Loyola, um centro de atendimento espiritual onde o médium costumava atender a pessoas doentes.

No local, segundo as denúncias, ele teria abusado sexualmente de mulheres durante atendimentos individuais.

Após o recebimento da denúncia, o advogado Alberto Toron, representante de João de Deus, disse que ainda não foi notificado da decisão, mas que confia na Justiça. As informações são da Agência Brasil. “De qualquer modo, é importante esclarecer que se trata de uma decisão provisória, sujeita à confirmação após a apresentação da resposta à acusação”, escreveu Toron em nota que foi publicada pelo UOL.