As obras de reforma e ampliação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 foram retomadas nesta terça-feira (8), uma semana após serem embargadas sob a alegação de que as obras ofereciam riscos à segurança dos trabalhadores. A decisão da Justiça do Trabalho está condicionada à implementação das medidas de proteção apontadas pelos peritos do Grupo Móvel de Auditoria de Condições do Trabalho (GMAI), do Ministério do Trabalho e Emprego, e pela perita indicada pelo juízo.

A CAP/SA, empresa criada pelo Atlético Paranaense com fim de gerenciar a obra, retomou as obras na manhã desta terça. Em seu site, a empresa anunciou que não medirá esforços para retomar o ritmo intenso das obras e para entregar o estádio pronto na data acordada com a FIFA, até dezembro deste ano.

O despacho da juíza Lorena de Mello aponta que o clube corrigiu os problemas mais urgentes das obras, relacionados a risco de vida dos trabalhadores. Contudo, foram feitas sete exigências ao Furacão: aumento da mureta do contorno interno da arquibancada superior, implementação de treinamentos específicos e contínuos, comprovação da documentação de todos os equipamentos de segurança, instalação de um ambulatório para primeiros socorros dos trabalhadores, adequação da sinalização do canteiro de obras, determinação de local adequado, sinalizado e isolado para o abastecimento das máquinas que operam no canteiro de obras e instalação de iluminação noturna adequada.

A CAP/AS tem o prazo de 72 horas para realizar as adequações solicitadas. Após o término do prazo, a perita do juízo retornará à obra para verificar se as medidas solicitadas foram implementadas.

O estádio do Atlético-PR é a sede da Copa do Mundo cujas obras estão mais atrasadas. Até agora, apenas 79% dos trabalhos foram concluídos. O clube divide os custos das obras de reforma do estádio com a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná.