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As autoridades do Kosovo decidiram adiar uma ordem controversa sobre o registro de veículos e documentos de identidade que levaram os sérvios minoritários a bloquear estradas, soar sirenes antiaéreas e disparar suas armas para o ar na região nos últimos dias.

O governo do Kosovo acusou a Sérvia de instigar a agitação para desestabilizar o país, que declarou independência em 2008. As autoridades locais já haviam decidido que, a partir de 1º de agosto, retomariam a prática de exigir que os veículos que entram da Sérvia substituam as placas sérvias pelas do Kosovo. Nos últimos 11 anos, a Sérvia exigiu o contrário para veículos do Kosovo que transitam pela Sérvia.

Kosovo também planeja impedir que sua minoria étnica sérvia use apenas documentos de identidade sérvios ao cruzar a fronteira, a mesma abordagem que a Sérvia usa para os cidadãos kosovares. Após discussões com parceiros europeus e americanos, o plano de “reciprocidade” nos registros de veículos e documentos de identidade foi adiado por um mês, até 1º de setembro, anunciou o governo de Kosovo.

O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, disse que as autoridades kosovares implementarão a decisão assim que as barricadas no norte forem removidas. Acrescentou que 1.501 cidadãos sérvios levaram apenas 20 segundos para entrar no Kosovo ao meio-dia usando o documento de entrada e saída, em vez da espera de uma hora para os cidadãos kosovares entrarem na Sérvia. Em um comunicado, o governo de Kosovo disse que muitos “atos agressivos”, como bloqueios de estradas e tiroteios, ocorreram no domingo (31) nas áreas do norte dominadas por sérvios étnicos, e acusou a Sérvia de incitá-los. Fonte: Associated Press.