BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Dados preliminares fornecidos pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) nesta quarta-feira (30) mostram que o rompimento da barragem da Vale na Mina do Feijão, em Brumadinho, devastou ao menos 204 hectares de mata. Para comparação, a área de todo o parque Ibirapuera, em São Paulo, é de 158 hectares.


No total, a área atingida pelos rejeitos de mineração foi de no mínimo 270 hectares.


A análise foi realizada Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais, do Ibama, a partir de dados de satélite.


Segundo o órgão ambiental, os rejeitos de mineração devastaram 133,3 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica e 70,7 hectares de áreas de proteção permanente ao longo de cursos d’água afetados pela lama que verteu da barragem.


O estudo foi realizado no trecho da barragem da mina Córrego do Feijão até a confluência com o rio Paraopebas.


Foram comparadas imagens de satélite obtidas dois dias após o rompimento com imagens de 3 e 7 dias antes da catástrofe.


A área afetada pelos rejeitos nas margens do rio Paraopeba não foi estimada até o momento em razão de nuvens nas imagens de satélite.


Nos próximos dias o Ibama concluirá laudo técnico com a avaliação preliminar sobre os impactos ambientais causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. No sábado (26), o instituto aplicou uma multa de R$ 250 milhões a Vale por crimes ambientais.


A tragédia, ocorrida na sexta-feira (25), já deixou 99 mortos; 259 pessoas estão desaparecidas.