Após reunião na manhã de ontem, o governador Ratinho Junior (PSD) e o secretário de Estado da Educação, Renato Feder, decidiram revogar a licença especial obrigatória dos professores durante a pandemia do coronavírus. Na semana passada, o governo havia determinado que todos os profissionais da área que têm direito à licença a tirassem por 90 dias, durante a pandemia, em virtude do isolamento social e da suspensão das aulas.
Agora, os professores que tiverem licenças acumuladas poderão tirá-las de forma voluntária, diz o Executivo. Os demais vão trabalhar no modelo de Educação a Distância (EaD) que começou a funcionar na segunda-feira para 1 milhão de alunos da rede estadual.
A Secretaria da Educação diz considerar que a presença dos professores nas salas virtuais é a garantia da qualidade do ensino que será ofertado aos estudantes no período do isolamento.
A APP Sindicato é contra a adoção do sistema de ensino à distância. A entidade afirma que as escolas não estão organizadas e preparadas para realizar um planejamento nesse modelo e que muitos estudantes também não têm recursos necessários para realizar as atividades a distância.
A secretária Educacional da APP-Sindicato, professora Taís Mendes, explica que o sindicato defende a reposição das aulas com a interação presencial entre estudantes e professores, após o fim do isolamento social.
Os professores que tiverem licenças acumuladas e quiserem gozá-las terão agora que solicitar ao governo. O decreto diz ainda que há possibilidade de suspensão após 30 ou 60 dias, de acordo com a necessidade.