A venda de livros, jornais, revistas e papelaria e de eletrodomésticos, com aumento de 22,1% e 20,2%, respectivamente, impulsionaram o faturamento do comércio varejista paranaense em agosto. O faturamento real (descontada a inflação) cresceu 2,1%, em relação ao mesmo mês de 2012, na definição ampliada, que contempla veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção. No mesmo comparativo, a média nacional caiu 0,8%, segundo Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também colaboraram com o bom desempenho do comércio artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%); combustíveis e lubrificantes (9,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,8%). A expansão assinalada pelo comércio do Paraná denota a maior disponibilidade de renda da população, traduzida pelo bom desempenho do agronegócio, aliado ao aquecimento do mercado de trabalho regional, principalmente no interior, avalia Ana Silvia Martins Franco, economista do Núcleo de Macroeconomia e Conjuntura, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

ACUMULADOS – De janeiro a agosto, o comércio paranaense obteve o melhor desempenho entre os estados do Sul e Sudeste do País, com expansão de 6,2% das vendas reais, bastante acima da média nacional, de 3,1%. O bom resultado foi influenciado pelos setores de combustíveis e lubrificantes (11,2%); artigos farmacêuticos e de perfumaria (10%); artigos de uso pessoal e doméstico (9,9%); eletrodomésticos (7,9%); veículos, motocicletas, partes e peças (7,7%); livros, jornais, revistas e papelaria (7,2%) e material de construção (6,8%).

Nos 12 meses, encerrados em agosto de 2013, as vendas reais do comércio varejista regional cresceram 5,7%, frente evolução de 4,4% para o País. As principais contribuições positivas vieram dos segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico (13,5%); artigos farmacêuticos e de perfumaria (11,6%); combustíveis e lubrificantes (11,1%); veículos, motocicletas, partes e peças (7,0%); eletrodomésticos (6,3%); livros, jornais, revistas e papelaria (6,1%) e hipermercados e supermercados (5,3%).

RESTRITO – Na mensuração restrita, que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção, o volume de vendas no Estado ficou acima dos resultados registrados no País, com acréscimo de 9,1% em agosto; 5% no acumulado do ano e 5,5% nos 12 meses encerrados em agosto. No Brasil, o faturamento comercial mostrou variação de 6,2% no mês; 3,8% no ano e 5,1% em 12 meses.

Ana Silvia explica que a combinação entre elevação dos juros e inflação alta, no mês de agosto afetou principalmente o comércio de veículos, motocicletas, partes e peças e também o de tecidos, vestuário e calçados.