O lote UZZ-18, utilizado para matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, já havia sido utilizada numa chacina em São Paulo, que vitimou 23 pessoas em agosto de 2015.
O lote, vendido à Polícia Federal no final de 2016, está sendo rastreado pela Polícia Militar e a própria PF, na tentativa de se descobrir se houve desvio do material – algo que, ao que tudo indica, não teria sido investigado até hoje, apesar da chacina em que a munição fora utilizada ter sido a maior da história de São Paulo.
Em nota, a PF informou ter aberto inquérito para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime. Perícia feita pela Delegacia de Homicídios já indicou que a munição usada na execução da vereadora foi usada pela primeira vez no crime, o que significa que não tinha sido recarregada e era original.
Ainda sobre a chacina, um policial militar foi condenado, enquanto outros dois colegas de corporação e um guarda municipal ainda respondem na Justiça pelo crime.