SMCS

Nos últimos quatro anos, Curitiba ganhou 39 novas hortas urbanas, garantiu que mais 66,1 mil famílias fossem beneficiadas pelos Armazéns da Família, voltou a ter o Restaurante Popular do Capanema, lançou o Mesa Solidária para a população em risco social e abriu a Fazenda Urbana do Cajuru. São iniciativas de segurança alimentar da Prefeitura que mostram a determinação do prefeito Rafael Greca de oferecer aos curitibanos maior acesso à comida saudável e de qualidade.

“Esta preocupação se traduziu na ampliação e modernização de programas reconhecidos nacionalmente, como o Armazém da Família e o Sacolão da Família, bem como dos restaurantes populares, feiras, hortas e mercados do município”, diz o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi.

A mudança do nome da secretaria mostra a disposição da Prefeitura em adotar este conceito mais amplo de acesso à alimentação. A Secretaria Municipal do Abastecimento foi transformada, em 2019, em Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN).

O primeiro ano da gestão, em 2017, foi marcado pela recuperação, reorganização e redução de custos de estabelecimentos e programas da Prefeitura ligados à segurança alimentar.

Até 2017, quem chegava nos Armazéns da Família se deparava com prédios degradados. Já nos seis primeiros meses da gestão Greca, todas as unidades foram renovadas, com pintura interna e externa, bem como manutenção da iluminação e parte elétrica.

Também motivo frequente de queixas das famílias cadastradas nos Armazéns, a qualidade e a variedade dos produtos também foram focos de atenção da SMSAN logo no início da gestão. Marcas e produtos reprovados pelos consumidores foram substituídos e a linha de gêneros alimentícios e itens de higiene e limpeza foi ampliada em mais 30 itens, que agora totalizam 365 produtos.

Mais barato

A redução dos custos com a operação dos restaurantes populares e das feiras também foi uma das realizações da Prefeitura logo no primeiro ano da gestão. No caso dos restaurantes, foram renegociados os contratos com as empresas que operam as unidades, o que resultaria numa economia de R$ 1,2 milhão em um ano.

O aumento da faixa salarial das famílias atendidas pelos Armazéns da Família, que passou de 3,5 salários mínimos para 5 salários mínimos, trouxe para as unidades mais 66,1 mil famílias curitibanas nos últimos quatro anos.

Atualmente, 300.597 famílias da capital estão cadastradas no programa. São um milhão de curitibanos com acesso aos gêneros alimentícios vendidos nos 34 Armazéns da Família.

“Além dos produtos serem, realmente, mais baratos, os Armazéns da Família têm variedade e qualidade”, aprova Sérgio Doniseti Wilha, 56 anos, produtor de festas que passou a fazer compras em uma unidade da Prefeitura na CIC, em 2020, após perder renda com a covid-19.

Hortas em toda a cidade

No Programa Horta do Chef, lançado ainda primeiro ano da gestão, cozinheiros renomados da capital passaram a ser mentores dos agricultores urbanos, de hortas em bairros como Tatuquara e Campo do Santana, que vendem alimentos para os restaurantes e, desta forma, melhoram a renda.

Também em 2017 foi inaugurada a Horta Comunitária do Cajuru, em uma parceria com a Rumo Logística. Hoje, o município dá apoio através do Programa de Agricultura Urbana a 100 hortas urbanas que ocupam 157,5 mil metros quadrados, entre espaços comunitários, em escolas e institucionais (em casas de idosos e de apoio a dependentes, por exemplo). São 5,7 mil produtores participando diretamente do plantio e 17,9 mil pessoas sendo beneficiadas com os alimentos.

Nos últimos quatro anos, foram inauguradas 39 novas hortas, bem como foram revitalizados nove espaços já existentes.

“Planto aqui na horta para minha família, mas também vou doar para os vizinhos que pedirem”, diz João Camargo de Maio, 67 anos, orgulhoso de seu canteiro na Horta Urbana Moradias Augusta B, na CIC, inaugurada pela Prefeitura em 2020.

 

Restaurante do Capanema

O ano de 2018 começou com a reinauguração, em janeiro, do Restaurante Popular do Capanema, no Centro. Aberto pela primeira vez em 1993, na primeira gestão de Greca como prefeito, a unidade sob o Viaduto do Capanema conquistou o Brasil pela proposta pioneira de oferecer refeições de qualidade a baixo custo (na época, a R$ 1). Hoje, 27 anos depois, cada refeição custa apenas R$ 3.

Com a reabertura do Restaurante Popular do Capanema, o município oferece diariamente 4,7 mil pratos em todas as unidades da Prefeitura (Matriz, Sítio Cercado, Pinheirinho, CIC/Fazendinha e Capanema). Em quatro anos, os cinco espaços foram responsáveis pelo fornecimento de 4.611.600 refeições.

A abertura do novo Armazém da Família Maria Angélica/Vila Gramados, no Pinheirinho, e do Armazém do São Braz foram iniciativas desta gestão. As famílias beneficiadas pelo programa também passaram a ter a comodidade de fazer o cadastramento on-line nos Armazéns. Tudo é feito via internet, de casa.

Foi iniciada ainda a campanha “Comida de Verdade”, que estimula o curitibano a adotar práticas alimentares saudáveis.

Curitiba ganhou a Feira do Futebol, que ocorre em dias de jogos do Coritiba, em frente ao estádio do Couto Pereira, no Alto da Glória; a Feira das Cooperativas, na Praça Osório, no Centro; e a gastronômica do Jardim Ambiental, no Alto da XV. O município implantou ainda o Sacolão da Família da Rua da Cidadania da Matriz, a primeira unidade do programa municipal no Centro da capital.

Além disso, a SMSAN criou em 2019 o Banco Municipal de Alimentos da capital, para fornecer comida às instituições de atendimento à população mais carente; lançou o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, que estabelece as estratégias do setor para até 2024; e implantou o pagamento com cartão de crédito nos Armazéns da Família, que também passou a vender alimentos sem glúten, para os celíacos.

 

Alimentação de qualidade para todos e na pandemia

Lançado no fim de 2019, o programa Mesa Solidária cresceu durante a pandemia e é a resposta do município ao grande desafio de garantir alimentação de qualidade em lugares dignos a pessoas em situação de rua e também para quem perdeu renda por conta da pandemia.

O Mesa Solidária tem mobilizado vários órgãos do município, como SMSAN, Fundação de Ação Social (FAS) e Secretaria Municipal de Defesa Social, que cedem espaços públicos e apoio logístico, a instituições religiosas, organizações não-governamentais (ONGs) e movimentos de apoio às pessoas em situação de rua, que são responsáveis por angariar os alimentos, preparar e servir as refeições.

O programa Mesa Solidária disponibilizou, até novembro de 2020, em torno de 230 mil refeições gratuitas para pessoas em situação de risco social na capital.

As refeições do Mesa Solidária são entregues nos Restaurantes Populares do Capanema e Matriz e no Centro POP Plínio Tourinho, no Jardim Botânico. O programa também passou a ter apoio de feiras, Sacolões da Família e da Fazenda Urbana, que doam alimentos para entidades parceiras do Mesa Solidária. Associação Batista de Ação Social de Curitiba (Abasc), Arquidiocese de Curitiba, Terreiro Vovó Benta, Gastromotiva e Associação Comercial do Paraná (ACP) são alguns dos mais de 30 parceiros do Mesa Solidária.

“Almoço e janto no Mesa Solidária do Centro POP todos os dias. Estou desempregado e preciso muito daqui pra me alimentar bem”, conta Rubens Rudolf, 61 anos, que trabalha como carrinheiro e faz as refeições no Mesa Solidária do Centro POP Plínio Tourinho.

Ainda por conta da pandemia e a crise econômica causada, pessoas em situação financeira instável passaram a comprar, desde junho de 2020, nos Armazéns da Família. A secretaria concedeu crédito alimentar e kits de alimentos (cestas básicas) a 17.051 famílias de alunos da rede municipal em estado de vulnerabilidade social, restituídos financeiramente pela SME.

A Prefeitura ainda credenciou os Armazéns para receber o cartão Comida Boa do Governo do Estado, no valor de R$ 50. Foram concedidos 37.909 vales.

Mesmo com a pandemia, a Prefeitura manteve o cronograma de abertura de um espaço inédito no Brasil. Em uma área de 4,4 mil metros quadrados, a Fazenda Urbana do Cajuru foi inaugurada em junho de 2020 e é pioneira no país ao incentivar a prática agrícola sustentável nas cidades.

 

Outras iniciativas na área de segurança alimentar entre 2017 e 2020:

Apoio para as instituições filantrópicas – Em quatro anos, aumentou de 35 para 80 o número de instituições filantrópicas beneficiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que fornece gratuitamente frutas e hortaliças de pequenos agricultores da Região Metropolitana de Curitiba para hospitais, creches, casas de dependentes químicos, casas-lares para crianças e adultos, abrigos de idosos e escolas especiais. Entre 2017 e 2020, o volume total de alimentos frescos chegou a 323,3 toneladas.

Mercado Comum Metropolitano – Pelo Programa de Desenvolvimento Produtivo Integrado da Região Metropolitana de Curitiba (Pró-Metrópole), a secretaria tem ampliado parcerias com os municípios vizinhos para criar um Mercado Comum Metropolitano. Foram retomados e iniciados convênios para funcionamento de Armazéns da Família em Colombo, Mandirituba, Agudos do Sul, Bocaiuva do Sul, Quitandinha, Campo Magro, Fazenda Rio Grande e Quatro Barras. No total, são 11 municípios da Região Metropolitana atendidos atualmente pelo programa. A SMSAN ajudou a fortalecer cadeias produtivas dos 34 mil agricultores da Grande Curitiba. Destaque para o projeto Polo da Poncã, de apoio aos produtores da fruta cítrica no município de Cerro Azul. Com parcerias com cooperativas, são fornecidos sucos naturais de tangerina, poncã, uva e melancia para 220 escolas municipais, atendendo 90.075 alunos. Hortifrútis e produtos processados vindos da Região Metropolitana também estão mais presentes nos Armazéns da Família, sacolões e feiras, bem como na merenda escolar.

Mercado Municipal – O local ganhou várias melhorias em parcerias com a Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal de Curitiba (Ascesme), como a remodelação da fachada da Rua General Carneiro, a criação de um calendário de eventos e a melhoria do trânsito na região. O Mercado Regional do Cajuru também foi beneficiado com uma programação de eventos em parceria com a Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Regional Cajuru (Acemerc).

Parcerias com instituições de ensino – A SMSAN desenvolveu parcerias com instituições brasileiras e suecas para promover o desenvolvimento de um ciclo agroalimentar sustentável em Curitiba e região metropolitana, visando a segurança alimentar, a redução do desperdício de alimentos, a gestão integrada dos resíduos e a produção de energia renovável. Acordos de cooperação foram assinados com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a Universidade Positivo (UP) e a KTH – The Royal Institute of Technology (Suécia).

 

Prêmios de segurança alimentar conquistados por Curitiba entre 2017 e 2020

World Smart City Awards 2018 – finalista com o projeto Horta do Chef, na categoria Ambiente Urbano, durante Smart City World Congress, em Barcelona (Espanha).

Prêmio ODS Brasil 2018 – vice-campeão com o Programa de Hortas Urbanas de Curitiba.

Milan Pact Awards 2019 – Finalista pelo projeto Polo da Poncã