
Mais uma profissional de educação da rede particular de ensino de Curitiba morreu vítima de complicações da Covid-19 no domingo (13). Vera Cristina Kussek, 48 anos, trabalhava como coordenadora pedagógica da unidade Santa Quitéria da Escola Atuação. A morte da professora gerou comoção nas redes sociais.
A Escola Atuação publicou nota de pesar nas redes sociais: “É com extremo pesar que comunicamos o falecimento da Vera (Vera Cristina Kussek), ela está conosco desde o Berçário, é mais do que uma colaboradora, é nossa filha do meio. Nossa tristeza transpassa todos os sentimentos”. Vários colegas e pais também lamentaram a morte precoce da educadora. “Meus sentimentos para todos os familiares e para nossa família Atuação. Ela cuidou das nossas filhas no berçário e depois no Santa Quitéria e deixou muitos ensinamentos, cuidados e carinho”, públicou uma mãe. “Meus sentimentos a família da Vera e a Escola, com certeza foi uma pessoa que não passou em branco nessa vida, fez muita diferença na nossa família e com certeza em outras. Quando chegamos no Atuação 7 anos atrás, todo dia meu filho chorava, mas ele sempre o acolheu, nos acolheu na verdade, sempre tranquilizando o pequeno e a família, almoçava todo dia com ele, para acalma-lo, e no fim do dia conversava comigo pra me acalmar. Sou muito grato e nunca esquecerei disso. Vai deixar muita saudade Vera”, afirmou um pai.
O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) e o Sindicato dos Servidores Municipais (Sismuc) também manifestaram pesar e solidariedade às famílias de Vera e das demais vítimas de Covid-19,reafirmando também o apoio à luta das trabalhadoras e trabalhadores da rede particular e das demais redes públicas de educação: “Os sindicatos seguem firmes na luta pela garantia de retorno das aulas presenciais em Curitiba somente após a imunização dos trabalhadores e de um calendário de vacinação que inclua todos os servidores e profissionais que trabalham em empresas terceirizadas”.
No dia 10, a professora Márcia Diniz, de 39 anos, que lecionava na unidade Barigui do Colégio Santo Anjo, no bairro Mossunguê, em Curitiba, também morreu em decorrência das complicações da covid-19. “A insistência dos donos de escolas particulares vem sendo decisiva para criar a imagem de que o retorno presencial é seguro e que depende apenas do cumprimento dos protocolos de distanciamento social. Apesar de toda a propaganda feita, a trágica morte de profissionais em exercício continua colocando essa suposta segurança em xeque”, diz nota do Sismuc.