Joka Madruga/Divulgação

Um cruz de madeira, velas, bandeiras, flores e uma camiseta com a imagem do jovem Lindolfo Kosmaski marcaram uma manifestação que aconteceu na manhã deste sábado (8) em São João do Triunfo, região Sul do Paraná. O ato que pede a investigação do caso e Justiça para os culpados pelo crime  reuniu cerca de 200 pessoas, em frente à Secretaria Municipal De Educação do município.

A ação é organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São João, APP Sindicato, Coletivo Triunfo, Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná, o PT municipal e estadual, Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT). Também participaram o deputado estadual Tadeu Venero (PT), o vice-presidente da Câmara de Vereadores do município, Anderson do Prado (PT), e representante de outros mandatos parlamentares. Darci Frigo, vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, também participo do ato.

O corpo do professor da rede estadual, ativista LGBT e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) foi encontrado carbonizado e com dois tiros dentro do carro, na noite dia 1 de maio. Kosmaski foi candidato a vereador de São João do Triunfo em 2020, pelo PT. Ativo nas atividades do movimento, principalmente do Coletivo LGBT Sem Terra e das Jornadas da Agroecologia, o militante frequentava o assentamento Contestado, na Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, onde participou da turma em Licenciatura em Educação no Campo na Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA), além de professor da rede estadual do Paraná, ele cursava mestrado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), no programa Educação em Ciências e em Matemática.

Três presos

A Polícia Civil prendeu na sexta (7) três pessoas suspeitas de envolvimento na morte do professor Lindolfo Kosmaski, 25 anos, em São João do Triunfo, na região sul do Paraná. Os suspeitos têm 20, 33 e 39 anos e as prisões temporárias valem por cinco dias. Há suspeita de crime de homofobia.