Manifestantes do movimento Frente de Luta pelo Transporte ocuparam a Câmara Municipal de Curitiba no final da tarde desta terça-feira (15), após uma reunião entre a CPI do Transporte Coletivo e os manifestantes, que exigem a anulação dos contratos do transporte coletivo. Cerca de 40 pessoas estão no local e lá devem ficar por pelo menos 24 horas.

A ocupação foi autorizada pelo presidente do Legislativo, Paulo Salamuni (PV). Os manifestantes pedem, entre outras reivindicações uma audiência com o prefeito Gustavo Fruet para reivindicar a redução da tarifa para R$ 2,25, o cancelamento da licitação do transporte e a municipalização da administração do transporte, hoje feita pela Urbanização de Curitiba (Urbs), uma empresa de economia mista. 

Durante a sessão desta terça, os manifestantes puderam se expressar. Luiz Castro que garantiu que a Frente continuará organizada até conseguir atingir seus objetivos. Não queremos um mero cancelamento dos contratos. Queremos uma frota pública. O município deve assumir este serviço, assegurando o ir e vir destes usuários. E a tarifa zero é uma dessas reivindicações. Estamos diante de uma situação histórica, como poucas que aconteceram no município. Somos pedras no sapato dos empresários, já que lutamos pelos direitos do povo, manifestou.

Para a advogada Clair da Flora Martins, da Plenária Popular do Transporte Coletivo, a CPI deve indicar as ilicitudes contidas no edital de licitação, e que o Ministério Público complemente as investigações, que o TCE conclua pela nulidade do edital de licitação e que o prefeito declare o rompimento deste contrato. Queremos que a população discuta com a Câmara e o Executivo um plano de mobilidade urbana, além de criar uma secretaria de trânsito responsável exclusivamente pelo transporte público, destacou.