SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça Estadual do Paraná aceitou na tarde desta quarta-feira (8) denúncia contra o professor Luís Felipe Manvailer, 29, acusado de ter matado a mulher, a advogada Tatiane Spitzner, 29. 

O despacho foi assinado pela juíza Paola Gonçalves Mancini, titular da 2ª Vara Criminal de Guarapuava (PR), cidade onde a vítima morava com o marido. No dia 22 de julho, Tatiane foi encontrada morta após cair do quarto andar do prédio onde vivia.

Os advogados de Manvailer terão dez dias para apresentar a defesa preliminar. Procurados, ainda não retornaram contato da reportagem.

A defesa pediu a transferência do professor da Penitenciária Industrial de Guarapuava para o Complexo Médico Penal em Pinhais (PR), para atendimento psiquiátrico e psicológico. 

Segundo a magistrada, a Vara de Corregedoria dos Presídios de Guarapuava já adotou as providências necessárias para análise de eventual remoção. 

Imagens das câmeras de segurança do edifício, obtidas pela polícia, mostram Tatiane sendo agredida pelo marido antes de morrer. 

O delegado Bruno Miranda Maciozek, responsável pelo caso, afirmou a jornalistas no fim de julho que há indicativos de que a vítima foi esganada pelo marido.

Manvailer nega ter empurrado Tatiane da sacada do apartamento. Em depoimento, afirmou que ela teria se jogado pela janela durante uma discussão.

Ele foi preso no mesmo dia em que Tatiane morreu, detido após se envolver em um acidente numa estrada nas proximidades de São Miguel do Iguaçu (PR), a cerca de 320 km de Guarapuava. 

O professor dirigia o carro da advogada e seguia em direção à Foz do Iguaçu, na fronteira com Paraguai e Argentina.