Ari Dias/Sesa

Balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) neste sábado (01) mostra que a faixa etária média dos casos no Paraná é de 40,1 anos, idade da população economicamente ativa, enquanto a de óbitos é de 68,2 anos, o que indica que as complicações da doença se concentram entre as pessoas mais idosas. A Covid-19 impacta mais a população feminina (52%), mas mata mais os homens (61%).

São 17.221 casos entre pessoas com 30 a 39 anos, parcela mais afetada pela doença, o que representa 22,8% do total de infectados no Estado. A segunda é a de pessoas entre 20 e 29 anos, com 15.442 casos, ou 20,5% dos infectados. São, ainda, 6.670 casos entre crianças e jovens de 0 a 19 anos (8,8% do total) e 10.447 casos entre quem tem mais de 60 anos, 13,8%.

Em relação aos óbitos, a análise do quadro mostra que a Covid-19 acomete mais mulheres conforme o aumento da idade. A faixa mais atingida é a de mais de 80 anos (224 óbitos), seguida por 70 a 79 anos (202), 60 a 69 (143) e 50 a 59 (99). Entre os homens há diferença. A faixa mais vitimada foi entre 70 a 79 (302 mortes), seguida por 60 a 69 (268) e mais de 80 (258).

POPULAÇÕES ESPECÍFICAS – O Paraná tem 85 casos confirmados nas comunidades indígenas, além de 247 suspeitos e 252 casos descartados. Entre a população privada de liberdade são 355 casos confirmados e 389 suspeitos.

PROFISSIONAIS DE SAÚDE – No recorte de profissionais de saúde, são 3.679 infectados desde o começo da pandemia, com prevalência de casos entre enfermeiros e técnicos de enfermagem (1.802), médicos (391), farmacêuticos (109) e dentistas e ortodontistas (97).

Julho mais fatal

A Covid-19 alcançou 50.152 paranaenses e vitimou 1.152 pessoas entre os dias 1º e 31 de julho, no recorte de data de diagnóstico ou ocorrência do óbito, segundo boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde nesta sexta-feira (31). Esses números representam 66% do total de 75.300 casos e 60% das 1.899 mortes registradas desde o começo da pandemia no Paraná, em março. O mês também concentra os três piores indicadores de casos (2.538 no dia 30, 2.242 no dia 21 e 2.221 no dia 09) e de óbitos (59 no dia 21, 52 nos dias 20 e 28 e 46 no dia 06) em 24 horas. Apenas dois dias registraram índices menores do que 1.000 casos (930 no dia 26 e 248 no dia 31). O menor pico diário de mortes foi nesta sexta-feira, com 6 óbitos. A tendência, no entanto, é de aumento nos indicadores no dia 31 com a entrada das análises do final de semana.