O Índice de Medo do Desemprego aumentou 1,7% em setembro na comparação com junho. Foi a segunda alta consecutiva do indicador, informa a pesquisa trimestral Termômetros da Sociedade Brasileira, divulgada nesta quarta-feira, 2 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “O aumento do medo do desemprego é efeito do desempenho da economia, que não dá sinais de crescimento mais robusto”, avalia o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Ele destaca, no entanto, que o índice continua em um patamar muito baixo. Está 3,7% menor do que o de setembro do ano passado. De acordo com a pesquisa, o medo do desemprego é maior entre as pessoas com renda de até um salário mínimo. Nessa faixa da população, o índice aumentou o índice aumentou 4,7% em setembro na comparação com junho.

A pesquisa mostra ainda que o Índice de Satisfação com a Vida ficou estável em setembro. O pequeno aumento de 0,3% na comparação com junho interrompeu a sequência de três quedas registradas nos trimestres anteriores. “A evolução desse índice foi bastante diferenciada de acordo com a renda familiar dos entrevistados”, informa a CNI.

Para as pessoas com renda entre cinco e dez salários mínimos, a satisfação com a vida aumentou 4,1%. Para quem ganha menos de um salário mínimo, o índice caiu 2,1%.

A pesquisa Termômetros da Sociedade Brasileira ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios no período de 14 a 17 de setembro.