
Desde 2018, as empresas responsáveis pela administração das plataformas de apostas online estão investindo em parcerias trabalhando numa maior proximidade com o público brasileiro, desde parcerias com ex-jogadores até parcerias com clubes de futebol, como o caso da NetBet apostas que fechou contrato com o clube Fortaleza. Tais investimentos não ocorreram por acaso nesse ano, mas impulsionados pela regulamentação da atividade de apostas em cota fixa (aquelas quais o apostador sabe quanto pode lucrar em paralelo ao valor apostado) discutida em 2020, dois anos após sua implementação no país pelo então presidente da república Michel Temer, em 2018.
A mecânica das apostas esportivas geralmente se baseia em resultados dos jogos: gols marcados por cada time, cestas no jogo de basquete, pontos no jogo de tênis etc. Onde o cliente acessa a partida em tempo real para realizar seu lance, com os pagamentos e depósitos sendo feitos por transferências bancárias, via cartões de crédito, boletos ou débito nas contas criadas nas plataformas, o que para sites menos conhecidos pode gerar certa desconfiança nos possíveis apostadores, portanto a credibilidade da plataforma tem um peso muito grande na decisão de uso.
O mercado virtual das apostas não é tão recente e já é bem difundido pela Europa, por exemplo, movimentando verbas na casa dos bilhões. A ideia das empresas gestoras de tais plataformas é conquistar o público brasileiro da mesma forma que já conquistou o do exterior. Provavelmente o maior obstáculo será desconstruir a imagem instituída na sociedade brasileira em relação as apostas feitas em estabelecimentos, proibidas desde 1941 pelo Decreto-Lei 3688.
Enquanto a regulamentação da prática tem a perspectiva de se arrecadar grandes somas de dinheiro pela captação de impostos sobre o serviço, também representa a maior liberdade de escolha do mercado brasileiro quando se trata de jogos de apostas, hoje monopolizados pela Caixa Econômica Federal e seus afiliados.
Setores políticos debatem sobre a aprovação da medida regulamentadora, que não permitirá apenas a realização desse tipo de aposta mais comum, também possibilitará a participação maior do setor de publicidade na área, como em comerciais na TV aberta e mais. Juntando isso ao crescimento natural a cada ano de jogadores e usuários de aplicativos das ferramentas, é válido dizer que a projeção é alta para 2021, onde possivelmente haverá tal regulamentação já aprovada.
Por ora, os serviços chegam ao Brasil apenas por websites e aplicativos.