SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Centrais sindicais de metalúrgicos do ABC Paulista criticaram a nota divulgada na última sexta-feira (18) pela General Motors (GM), em que afirma que sua operação no Brasil passa por “um momento crítico que exige sacrifícios de todos”.
Na semana anterior, a presidente-executiva da montadora, Mary Barra, também havia feito previsões sombrias sobre a operação da companhia na América do Sul. “Não vamos continuar empregando capital para perder dinheiro”, disse ela.
Segundo os sindicalistas, o posicionamento da empresa “contradiz com a realidade, visto que a GM anunciou um lucro global superior a US$ 2,5 bilhões, o equivalente a R$ 10 bilhões, no último trimestre, e é líder de vendas na região”.
No Brasil, a GM é líder de vendas, à frente de Volkswagen e Fiat Chrysler. Em 2018, a montadora foi responsável por 389,5 mil de um total de 2,6 milhões de carros vendidos pela indústria automotiva.
De acordo com as centrais, haverá uma reunião com os representantes da empresa na terça-feira (22) sobre as reestruturações anunciadas.
Além da possibilidade de paralisação das produções latino-americanas, as centrais do ABC também criticam o fechamento de plantas nos EUA e Canadá. Segundo os sindicalistas, no Brasil, “já que foram feitas várias concessões à GM e a empresa sempre querendo mais”.
Assinam a nota conjunta: Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força), Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Executiva Nacional da CSP/Conlutas, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul e Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.