Pré-candidato à reeleição, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira, 30, que o preço da passagem de Metrô não irá aumentar neste ano, mesmo diante da alta da energia elétrica. Atualmente, as tarifas cobradas são de R$ 4,40.

“Vamos manter as tarifas nos preços atuais até o final do ano, também como um esforço do Estado para que a gente evite repassar essa alta de custos para o consumidor”, disse Garcia. Segundo ele, com o aumento do preço da energia elétrica, houve consequentemente uma alta de preços para a manutenção de serviços como o Metrô e a CPTM.

Diante desse cenário, Garcia disse que o governo do Estado vem repassando subsídios às empresas que operam os serviços, mas não especificou os valores. “Subsídios, de uma forma ou de outra, já começaram, com pagamento de passivos regulatórios, com ampliação de repasses ao Metrô e à CPTM, para que a gente evite neste momento o aumento da passagem na capital.”

Os incentivos, acrescentou o governador, também se estendem à Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). “Tudo aquilo que puder fazer neste momento de retomada econômica para evitar essa alta de preços, com responsabilidade fiscal, o governo de São Paulo já tomou essas decisões”, afirmou Garcia.

Pedágios de rodovias

Nesta quinta, o governador também anunciou que as tarifas dos pedágios de rodovias de São Paulo não serão reajustadas neste ano. A decisão ocorre, segundo o governo do Estado, “por causa da atual conjuntura econômica e do custo Brasil, com a alta desenfreada dos preços, em especial, de combustíveis”. A mudança nos valores, que não irá ocorrer mais, estava prevista para esta sexta-feira, 1º.

ICMS dos combustíveis

Além da decisão de não reajustar o valor dos pedágios, Rodrigo Garcia anunciou nesta segunda-feira, 27, que o Estado começaria a aplicar, de forma imediata, a redução da alíquota de ICMS da gasolina de 25% para 18%. Segundo o governo paulista, a expectativa é que a decisão cause um efeito na bomba com baixa de cerca de R$ 0,48.

A ação de Garcia foi vista como eleitoreira e abriu uma dissidência entre os Estados, segundo apurou o Estadão. A decisão foi tomada após o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar, na última sexta-feira, 24, o teto na cobrança do imposto estadual sobre os combustíveis.