O vereador Alexandre Leprevost (SD), fez um relato emocionado na sessão de ontem da Câmara Municipal, em homenagem ao pai, Luiz Antonio Leprevost, que morreu na sexta-feira, aos 69 anos, vítimas de complicações da Covid-19. O parlamentar contou que o pai tinha uma “crença ferrenha” no chamado “tratamento precoce”, de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, mas que isso pode ter colaborado para o agravamento de sua situação.
Luiz Antonio Leprevost estava internado na UTI do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, há cinco meses entre idas e vindas por causa de complicações da Covid-19. Sua esposa, Jussara Leprevost, também chegou a contrair a doença e foi internada na UTI, mas se recuperou. “O Covid entrou na minha família de forma devastadora, levando minha mãe e meu pai para a UTI ao mesmo tempo, deixando outros familiares em estado muito sério”, disse o vereador.
“Meu pai, apesar de induzido pelos exemplos do nosso líder, se cuidava muito em relação à Covid, até em exagero. Sempre na companhia das máscaras, do álcool em gel, e na crença ferrenha do ‘tratamento precoce’. No qual falava disso como se fosse médico. Tomou cloroquina, ivermectina e demais adjacentes que apareciam em suas crenças”, afirmou Alexandre Leprevost.
“Após ser infectado, relutou para ir ao hospital. Montou um ‘home-care’, com médicos do hospital que ficou famoso na pandemia, e que tem em seu quadro clínico médicos que se dizem conhecer como ninguém do assunto. Mas na verdade, encontraram apenas uma fórmula de monetizarem seus negócios com o aval do nosso presidente no tal do ‘tratamento precoce’”, disse ele.