A queda no preço do minério de ferro em outubro levou a uma nova deflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) do mês, segundo os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-10 passou de uma redução de 0,37% em setembro para um recuo de 0,31% em outubro. O índice acumula alta de 22,53% em 12 meses.

“O preço do minério de ferro registrou nova queda, agora de 19,46% e, mais uma vez, manteve a taxa do IGP-10 em terreno negativo. Milho (-4,99%) e bovinos (-4,11%) também registraram taxas negativas, o que contribuiu para o arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor. Já os preços ao consumidor seguem sob forte influência dos aumentos registrados para energia elétrica e combustíveis”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma queda de 0,76% em setembro para recuo de 0,77% em outubro.

Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais saíram de alta de 2,13% em setembro para 1,10% em outubro, influenciados pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,61% para 1,28%.

O grupo Bens Intermediários saiu de aumento de 1,83% em setembro para 1,91% em outubro, tendo como principal contribuição o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 0,14% para 3,62%.

O grupo das Matérias-Primas Brutas passou de um recuo de 5,01% em setembro para uma queda de 4,62% em outubro, sob impacto dos itens minério de ferro (de -22,17% para -19,46%), milho em grão (de 0,52% para -4,99%), soja em grão (de 2,47% para -0,16%) e bovinos (de -0,42% para -4,11%). Os preços aumentaram para a cana-de-açúcar (de 1,17% para 3,16%) e mandioca/aipim (de 2,61% para 10,80%).