Ricardo Marajo/SMCS – Ministério voltou atrás de decisão anunciada no dia 2 de setembro

O Ministério da Saúde mudou de posição em relação à vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos. Em nota publicada nesta quarta-feira (15), o Ministério informou que a vacinação será destinada a adolescentes com deficiência permanente; a adolescentes com comorbidades; e a adolescentes privados de liberdade. No 2 de setembro o Ministério recomendou a vacinação para todos os ingrantes dessa faixa etária a partir do dia 15. A prefeitura de Curitiba informou que vai cumprir a recomendação do Ministério.

“A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 revisou a recomendação para imunização contra a covid-19 restringindo o seu emprego somente aos adolescentes de 12 a 17 anos que apresentam deficência permanente, comorbidades ou que estejam privados da liberdade”, diz a nota. O Ministério argumentou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomenda a imunização de crianças e adolescentes, que a maioria das pessoas desta faixa etária apresentam uma evolução benigna da doença e que os benefícios da vacinação neste público não estão claramente definidos.

O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) pediram nesta quinta-feira um posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a aplicação da vacina neste público. Alguns estados já começaram a suspender a imunização nesta faixa etária.

No dia 3, o Ministério informou que começaria a enviar doses de vacinas para a população de 12 a 17 anos. Segundo o Ministério, a inclusão dos adolescentes no grupo prioritário havia sido programada para o dia 15 porque havia a previsão de ter ter concluído o envio das doses necessárias para a vacinação dos adultos.

Das quatro vacinas em uso no país, somente a da Pfizer tem autorização para uso no público de 12 a 17 anos. A previsão do Ministério da Saúde é vacinar cerca de 20 milhões de adolescentes. Ainda neste mês deve começar a aplicação da dose de reforço em pessoas com 70 anos ou mais e também em quem tem o sistema imunológico mais vulnerável.