Geraldo Bubniak

Quase dez anos depois de matar GIlmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida numa ocorrência de trânsito quando dirigia embriagado, o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho pode acabar indo para a cadeia. É que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou que o político, membro de uma das mais tradicionais famíias da política paranaense, comece a cumprir a pena pela qual foi condenado, em fevereiro do ano passado, em regime fechado.

A medida do MPPR trata-se de um recurso em face da decisão dos Desembargadores da Primeira Instância da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). No último dia 08, os desembargadores reduziram a pena de Carli Filho.

Condenado no Tribunal do Júri por duplo homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar, já que o ex-deputado dirigia alcoolizado, em alta velocidade e com a carteira de habilitação vencida, ele pegou inicialmente nove anos e quatro meses de prisão. Na instância superior, contudo, os desembargadores reduziram a pena apra sete anos, quatro meses e 20 dias de prisão.

Com a redução da pena, Carli Filho poderia cumprir a pena em regime semiaberto. Como faltam vagas no sistema, não precisaria ficar nenhum dia preso pelo crime, tendo apenas de conviver às restrições impostar àqueles que são submetidos ao uso da tornozeleira eletrônica (medidas como horário limite para se recolher à própria residência no período noturno, proibição para sair aos finais de semana, entre outras).

O pedido do MP, protocolado em 29 de fevereiro, data em que sua condenação completara um ano, requere a fixação do início do cumprimento da pena em regime fechado e a avaliação de pontos considerados omissos da sentença de prmeiro grau e no acórdão do TJ-PR, a fim de que seja revista a atenuante da confissão espontânea, uma vez que Carli Filho não admitiu a prática do crime e não colaborou em nad apara a convisção dos jurados, alega o Ministério Público.