Em depoimento à CPI da Covid do Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que a prestação de informações repassadas por um técnico da pasta ao Congresso sobre doses de vacinas contratadas foi feita de maneira “imprecisa”. O dado correto, segundo ele, é que estão efetivamente contratadas 430 milhões de doses de imunizantes contra o novo coronavírus.
Em peças de propaganda e em declarações públicas do ministro, a pasta diz já ter comprado mais de 560 milhões de doses. Ao responder a um questionamento oficial formulado pelo deputado federal paranaense Gustavo Fruet (PDT), porém, o ministério informou que o número realmente contratado era a metade disso: 280 milhões de doses. Mesmo assim, o número atualizado pelo ministro é menor que o anunciado.
“Na realidade, nessa informação que foi feita de maneira imprecisa para o deputado Gustavo Fruet, não se considera as vacinas da Fiocruz, porque esse acordo é feito através de transferência de TED, então não há um contrato entre a Fiocruz e o Ministério da Saúde, e essas doses da Fiocruz não foram ali consideradas, de tal maneira que o Ministério da Saúde vai fazer uma retificação dessa informação que foi prestada de maneira imprecisa a Câmara dos Deputados”, respondeu Queiroga.
Cloroquina — O ministro se recusou a responder questionamento dos senadores sobre sua posição a respeito do uso da cloroquina em pacientes com Covid-19, medida defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, mesmo sem eficácia comprovada do medicamento contra a doença. “Não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente”, alegou o ministro.