Franklin de Freitas

Motoristas e aplicativos de transporte coletivo participam de uma carreata nesta manhã de quarta-feira, 8. Com isso, a oferta do serviço deve ficar comprometida no final da manhã e começo desta tarde. O movimento faz parte de uma paralisação global do segmento, contra as taxas cobradas pela empresas. Segundo aos manifestantes, somadas ao aumento dos preços de combustíveis, estariam reduzindo os ganhos dos motoristas.

A carreata sai da Rua Dario Lopes, no bairro Jardim Botânico, e segue até o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A adesão ao chamado Uber Off, que promete 24 horas de paralisação, ainda é incerta em Curitiba. Nos grupos de motoristas de aplicativos, até nesta terça-feira, 8, havia uma divisão entre os trabalhadores, mas certamente, segundo eles, o funcionamento dos apps será comprometido nesta quarta. A capital paranaense tem 12 mil motoristas de aplicativos cadastrados. 

No entanto, a reportagem realizou um teste com o app Uber no horário da carreata e não constatou demora no atendimento à corrida. O valor cobrado estava menor ao cobrado regularmente no mesmo trajeto pesquisado.

Os motoristas reclamam que o último reajuste da Uber foi há três anos e o mesmo problema também acontece nas outras plataformas do mercado, 99 e Cabify. O movimento é divulgado por grupos de WhatsApp e vídeos no YouTube. Segundo o presidente da União Nacional dos Motoristas de Aplicativos (UNMA), Adriano Orosco, a inflação e os aumentos de combustíveis estão encolhendo os lucros dos motoristas e as taxas da Uber, que no início eram fixas em 25% das corridas, hoje variam e podem chegar a 50% do valor recebido por cada viagem. “Unificar todos é impossível, mas a paralisação vai ter a maior adesão de todas que já tivemos em Curitiba”, garante Orosco. 

Em seu lançamento de ações, a Uber espera atingir US$ 91 bilhões em valor de mercado e arrecadando até US$ 9 bilhões.