O Ministério Público do Paraná abriu inquérito para investigar o aumento da tarifa de ônibus de Curitiba, de R$ 3,70 para R$ 4,25, em vigor desde o último dia 6 de fevereiro. A decisão atende pedido do deputado estadual e ex-candidato a prefeito, Ney Leprevost (PSD). A investigação ficará a cargo do promotor Maximiliano Deliberador.

De acordo com Leprevost, o aumento do valor da tarifa de ônibus de Curitiba seria abusivo e precisa ser investigado. O Ministério Público, que é uma instituição séria, recebeu nossa denúncia formal e considerou pertinente abrir um inquérito civil sobre o aumento da tarifa de ônibus em Curitiba, comentou o deputado.

O inquérito civil foi aberto sob o número MPPR-0046.17.014152-0 e solicita ao Tribunal de Contas dados que justificaram o pedido de suspensão do reajuste da passagem de ônibus em Curitiba. O MP também pede que a URBS comprove, em um prazo de quinze dias, que está cumprindo o parágrafo 4° do artigo 25 da Lei Municipal n° 12.597/2008 e apresente o procedimento que determinou o último aumento da tarifa do transporte coletivo.

O parágrafo 4° do artigo 25 da Lei Municipal n° 12.597/2008 diz que todos os contratos devem ser encaminhados semestralmente ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Câmara Municipal de Curitiba para conhecimento, com o objetivo de promover a transparência.

A tarifa de ônibus estabelecida pela atual gestão municipal onera demais as pessoas pobres e transforma-se em convite ao desemprego do ponto de vista dos empresários, que tem a responsabilidade de arcar com o vale transporte para os funcionários. O preço aumentou antes da frota sucateada sequer começar a ser substituída. Os ônibus demoram a chegar e continuam inseguros, critica Leprevost.

A prefeitura e a Urbs argumentam que o reajuste é necessário para reequilibrar economicamente o sistema e garantir a retomada da renovação da frota.