Fotos: Reprodução/Pinterest – Assumir o black power é cool e um grito de liberdade 

Não se nasce mulher, torna-se mulher. A frase da existencialista Simone de Beauvoir ecoa até hoje, quando mulheres, mais do que seguirem sua natureza, resolvem ser o que bem quiserem. Não deveria, mas isso incomoda à beça. Aos outros e a nós mesmas. O sentimento de inadequação é real e generalizado. Deveríamos fazer diferente ou ser outra coisa? Como se o que somos fosse pouco.

Ouvimos ou nos cobramos que nosso corpo está fora de padrão, que é ou não desejável, que nosso jeito de ser é inadequado ao que se espera de uma mulher, que o nosso gosto não está na moda. A moda, aliás, é um dos sintomas dessa inconveniência, e, por isso mesmo, funciona como poderosa forma de expressão e de posicionamento. Pode ser um grito, um discurso, um sussurro. É um jeito de dizer alguma coisa e deve ser usada como tal.

Moda e beleza são poderosos instrumentos de empoderamento e estão ao alcance de todas nós. Vamos exercitar a nossa voz, estampar o nosso outdoor, vestir nossas bandeiras e o que mais der na telha. Podemos ser as mulheres que quisermos ser. Discretas, escandalosas, sozinhas, com uma grande família, que trabalham fora, que trabalham em casa, que cuidam, que zelam, que envelhecem, que são jovens, que se enfeitam. Muitos vivas para nós!

Idade é detalhe. Os cabelos brancos (ou azuis) combinam com a moda que for

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