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O Museu Paranaense, terceiro mais antigo do Brasil, comemora neste domingo (23) 142 anos. Com um acervo que conta com mais 400 mil itens catalogados, o museu é referência em arqueologia e antropologia, e por isso muito procurado por pesquisadores. 

E para celebrar seu aniversário, acontecerá uma série de atividades durante a programação da 12ª Primavera dos Museus, algumas delas inusitadas: no dia 23, das 10h às 12h, será a festa dos 142 anos quando funcionários e estagiários caracterizados com roupas de época apresentam ao público as exposições do museus por meio de uma visita mediada especial.

Nesta quarta-feira (19) acontece a palestra "Projeto Arqueotrekking Geógrafo e Guia de Turismo Alessandro Chagas Silva" e "Arqueologia no Museu Paranaense: pesquisas e inovações no século XXI, com a arqueóloga Claudia Inês Parellada, pesquisadora responsável pelo Setor de Arqueologia do Museu.

O museu oferece também a oficina "Educação Museal: o potencial educativo do acervo do Museu Paranaense”, com a mediadora Neusa Cassanelli, no dia 21 (sexta-feira), das 9h30 às 12h. Entre os dias 18 a 21, das 14h às 16h30, acontecem visitas mediadas pelos alunos da Embap na exposição "Belas Artes 70 anos: Ensinando e Produzindo Arte", sem a necessidade de agendamento. As oficinas e palestras têm vagas limitadas. Mais informações e inscrições no site www.museuparanaense.pr.gov.br.

ACERVO – O acervo do Museu Paranaense guarda exemplares importantes da história brasileira, em especial, da paranaense. São objetos de uso pessoal, mobiliário, armas, uniformes, documentos, mapas, fotos, filmes, equipamentos de diversas espécies, moedas, medalhas, pinturas e esculturas, além de grande acervo arqueológico e antropológico.

Desde 1979, o Museu incorporou três grandes acervos. O primeiro foi o de Vladimir Kozák, naturalista tcheco, que viveu em Curitiba entre 1928 e 1979. O acervo que conta com pinturas, fotos e demais objetos retrata os índios do Paraná e do Brasil. Parte deste acervo, desde 2017, passou a integrar o Programa Memória do Mundo da Unesco – Brasil. 

O segundo acervo veio do Banco do Estado do Paraná. Após a privatização do Banestado, o museu do banco foi desativado e os objetos doados ao Museu Paranaense. 

O terceiro acervo foi adquirido em 2004 pelo Governo do Paraná e pertenceu ao extinto Museu Coronel David Carneiro, com mais de cinco mil itens, entre peças de mobiliário, obras de arte indumentária e armaria, com ênfase na história dos conflitos militares ocorridos no Paraná.

Um dos destaques do Museu Paranaense hoje é o Gufan, uma representação de um índio Proto-Jê, de mais de 2 mil anos, encontrado em 1954 num sitio arqueológico em Prudentópolis. Com a utilização da tecnologia, foi possível retratar como era o nativo e o visitante pode “conhecê-lo” por meio de uma projeção em 3D. 

O acervo do Museu Paranaense é exposto ao público, em mostras abertas e gratuitas, nas salas de exposições temporárias e de longa duração. Em 2018, foram 21 exposições em cartaz, que receberam até julho mais de 36 mil visitantes.

LINHA DO TEMPO – Idealizado por Agostinho Ermelino de Leão e José Candido Murici, o Museu Paranaense foi inaugurado no dia 25 de setembro de 1876, no Largo da Fonte, hoje Praça Zacarias, em Curitiba. 
Em 1882, foi incorporado ao Estado e passou a receber contínuas doações. Passa a ser um centro de instrução e pesquisa, o que acabou tornando-o referência e atraindo missões científicas para o estado. 
Desde que foi inaugurado, já esteve em seis sedes. Até que, em 2002, depois de uma grande reforma no Palácio São Francisco, o Museu mudou-se para lá. A sede foi estruturada para a realização de projetos e atividades culturais, e conta com laboratório, biblioteca, auditório, além das salas de exposição.

Destaque para o Pavilhão da História do Paraná que faz a “linha do tempo” desde a pré-história, 8 mil anos antes da época atual, até o início do século XX, com a integração dos imigrantes ao nosso Estado.

No início do ano, passou por reforma do anexo. Com a obra, todos os vidros foram substituídos por versões mais adequadas, o que evita a absorção de calor. O desenho original foi mantido. Foram feitas também obras de melhorias na acessibilidade, como construção de rampas, corrimão, instalação de piso podotátil, além de reformas nos banheiros, elevadores e sistema de ar-condicionado. 

Houve também a troca de piso que era inflamável, sinalização de todo o espaço e adequação de todas as exigências de segurança. Foram investidos R$ 222 mil e a obra foi entregue em abril de 2018.