RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou, em entrevista ao SBT Brasil, que não tem conhecimento sobre o que os funcionários de seu gabinete fazem da porta para fora.


Ele falou à emissora sobre a investigação que apura movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.


“Não estou fazendo defesa do meu assessor, acho que ele tem que ir ao Ministério Público esclarecer o quanto antes”, disse. 


Flávio não compareceu nesta quinta-feira (10) ao órgão para prestar depoimento na investigação. 


Ele afirmou ao jornal que ainda tomará ciência dos fatos e levará ao Ministério Público qualquer documento necessário. 


“Esclarecer e ficar longe dessa coisa que eu não tenho nada a ver com isso. Eu vou lá sepultar qualquer dúvida que tenham sobre a minha pessoa.”


Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou que Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.


Com prerrogativa parlamentar, o filho de Jair Bolsonaro não estava obrigado a comparecer ao órgão nesta quinta.


Nas redes sociais, ele se comprometeu a agendar novo dia e horário para prestar esclarecimentos. Testemunha no caso, defendeu que não é investigado.


O senador eleito também disse que ainda não teve acesso aos autos e que só foi notificado do convite do órgão na segunda-feira (7). Ele pediu cópia integral da investigação. 


Na terça (8), familiares de Queiroz também faltaram a oitiva no Ministério Público. Suas filhas, Nathalia e Evelyn, e a mulher, Marcia Aguiar, alegaram que estão em São Paulo acompanhando o ex-assessor em tratamento de um câncer intestinal.


Em petição, a defesa de Queiroz informou ao órgão que ele estava internado no Hospital Albert Einstein. Ele teve alta na própria terça, após dar entrada no dia 30 de dezembro e passar por cirurgia no dia 1°. Segundo seu advogado, Paulo Klein, a internação foi custeada pelo ex-assessor, que apresentará os recibos.


A defesa pediu que os depoimentos sejam marcados para o fim do tratamento, sem previsão de data. Queiroz já faltou a dois encontros com o Ministério Público em função da saúde.