Pedro Ribas/SMCS – Sarampo é a doença mais contagiosa do mundo

De um lado, o novo coronavírus, que se espalha rapidamente, é transmitido mesmo por pacientes assintomáticos (sem sintomas) e que, em menos de três meses, já contagiou mais de 113 mil pessoas em 110 países. Do outro, uma doença ‘velha conhecida’, o sarampo, também causado por um vírus e transmitido quando alguém tosse, fala, espirra ou respira perto de outras pessoas. Esses são dois dos maiores desafios para a Saúde do brasileiro em 2020.

O que você talvez não saiba, no entanto, é que neste momento é até mais provável que alguém seja contaminado pelo vírus do sarampo do que pelo novo coronavírus (Covid-19). Explica-se: é que a primeira doença possui um índice de transmissibilidade muito maior, sendo cerca de quatro vezes mais contagioso do que o Covid-19.

Uma pessoa infectada pelo coronavírus transmite a doença para outras duas ou três pessoas — é o chamado número reprodutivo, estimado entre 2 e 3,5 no caso da doença. Por outro lado, uma pessoa com sarampo, considerada a doença mais infecciosa entre as conhecidas pela humanidade, pode transmitir o vírus para outras treze pessoas.

Outras doenças também têm capacidade de contágio bem maior que o coronavírus. A gripe, por exemplo, em média, atinge 10% da população desde um grau fraco até levar a complicações que causem a morte. A gripe é geralmente transmitida por via aérea através de tosse ou de espirros, por isso tem fácil contágio, especialmente no clima frio por causa da aglomeração das pessoas em locais fechados e públicos, como ônibus.

Outras doenças de fácil contágio de pessoa para pessoa são a rubéola, catapora, caxumba, entre outras.

Frio
Os cuidados com essas doenças devem ser redobrados quando o clima esfriar. Em dias frios é costume que portas e janelas fiquem fechados o que contribui que os ambientes fiquem pouco ventilados, favorecendo os vírus.

Aedes
Outras doenças que preocupam e estão bem próximas, são a dengue e a febre amarela. Nestes casos, a forma de transmissão depende da região onde a pessoa se encontra. No Paraná, por exemplo, moradores de áreas com infestação correm mais risco que moradores de Curitiba, onde a infestação é praticamente zero. Assim ocorre com a febre amarela. Áreas endêmicas favorecem a transmissão.

Paraná investiga 49 suspeitos de coronavírus. Curitiba tem 21. País confirma 34 positivos

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou a atualização do boletim do coronavírus, ontem. São 16 novos suspeitos da doença no Paraná, totalizando 49 casos em análise. Até o momento,k 20 foram descartados.

Já o boletim da Secretaria Municipal de Curitiba divulgou que a Capital tem 21 casos suspeitos, cinco deles eram novos.Dos casos divulgados na última segunda-feira, cinco foram descartados por exames laboratoriais. Os demais 16 seguem aguardando resultado de exames.

No Brasil, 34 casos eram confirmados até ontem. Além dos pacientes confirmados, foram registrados 893 casos suspeitos. São Paulo segue liderando, com 19 casos, e o Rio de Janeiro vem logo a seguir com oito. Ontem, Rio Grande do Sul confirmou seu primeiro caso.