BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – Semifinalista da Copa do Brasil de 2016 e campeão na edição passada, o Cruzeiro pode alcançar nesta quarta-feira, diante do Santos, seu recorde pessoal de presenças seguidas entre os quatro melhores da competição. Desde a criação da Copa, em 1989, a equipe nunca esteve em três semifinais consecutivas do torneio.

O feito, se atingido pelo Cruzeiro, poderá reforçar também a força de Mano Menezes em mata-matas. Tratado como especialista nesse tipo de competição, o comandante é um dos responsáveis por resgatar a alma copeira do Cruzeiro, muito presente nos anos 90 e ressurgida na conquista do ano passado. A taça também representou o renascimento do treinador nesse tipo de competição, já que seu último troféu havia sido a própria Copa do Brasil de 2009, com o Corinthians.

Na trajetória de 2016, o Cruzeiro iniciou sua campanha desde a primeira fase. Campinense, Londrina, Vitória, Botafogo e Corinthians ficaram pelo caminho, mas a equipe não conseguiu passar pelo Grêmio, campeão daquele ano.

Na temporada seguinte, o Cruzeiro se mostrou mais maduro e foi ganhando fôlego ao longo da caminhada. Visto sem tanto favoritismo em alguns duelos, derrubou gigantes como São Paulo, Palmeiras e o Grêmio até ser campeão diante do Flamengo.

Seja nas estratégias dentro de campo ou na experiência de seus jogadores, o Cruzeiro tem mostrado cada vez mais essa capacidade de lidar com a pressão de um jogo mata-mata. Mesmo não jogando o fino da bola em alguns momentos, o time conseguiu suportar algumas situações de instabilidade e correspondeu na hora da decisão.

Na Libertadores, passou os três primeiros jogos sem vencer e esteve ameaçado de eliminação ainda na fase de grupos. Mas a classificação veio e o time ainda encaminhou sua vaga para as quartas de final após a excelente vitória contra o Flamengo, no Rio. Pela Copa do Brasil, a experiência dos jogadores também fez a diferença. Nas partidas longe do torcedor, a equipe foi bem e construiu bons resultados diante do Atlético-PR e do Santos.

“É aí que entra o time experiente, maduro. No último jogo pela Libertadores só tínhamos dois com menos de 30 anos. Então aquela euforia que você tem quando é jovem, nosso time já não tem mais. Devemos comemorar quando a gente for campeão”, comentou o lateral Egídio.

Nesta quarta, a equipe pegará novamente o Santos para sacramentar a classificação às semis da Copa do Brasil. Por causa do gol de Raniel no jogo da ida, o Cruzeiro pode até empatar diante do seu torcedor que continuará com a vaga. Se passar, o próximo duelo será contra o vencedor de Palmeiras x Bahia.