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A economia paranaense deverá receber, até o final de 2019, a título de 13° salário, cerca de R$ 12,7 bilhões, aproximadamente 5,91% do total do Brasil e 35,28% da região Sul. Esse montante representa em torno de 2,8% do PIB estadual. O número de pessoas no estado que receberá o 13º foi estimado em 5,0 milhões, equivalente a 6,22% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Sul, equivale a 35,04%. 

No estado, os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários representam 62,3%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 35,9%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,8%. Os números são do Departamento de Estudos e Estatísticas Socioeconomicos (Dieese) e foram divulgados nesta terça-feira, 5.

Em relação aos valores que cada segmento receberá, nota-se a seguinte distribuição: os empregados formalizados ficam com 74,2% (R$ 9,4 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 18,3% (R$ 2,3 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 5,9% (R$ 753 milhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 1,6%.

O número de pessoas do mercado formal de trabalho no Paraná que receberá o 13º salário em 2019 cresceu cerca de 1,69% na comparação com os dados de 2018. Em relação ao montante, para esse segmento, o valor apurado em 2019 aumentou 5,02%.

Para o valor total pago, considerando os aposentados, a comparação fica comprometida, pois houve alteração na apresentação dos dados pela Previdência Social. Até 2018, todos os benefícios eram incluídos.

Para os empregados do setor formal, até o final de 2019, a estimativa é de que R$ 9,3 bilhões serão pagos como 13º salário aos 3,130 milhões de trabalhadores formais do setor público e privado no Paraná, excluídos os empregados domésticos.

A maior parcela do montante a ser distribuído caberá àqueles que estão empregados no setor de Serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 59,6% do total destinado ao mercado formal; os empregados da Indústria receberão 20,0%; o Comércio 15,2%; aos que trabalham na Construção Civil será pago o correspondente a 3,1%; e aos trabalhadores da Agropecuária caberão 2,1%.

Em termos de valores médios, o valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 2.965,54. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de Serviços, equivalente a R$ 3.502,24 (inclui Administração Pública); a Indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 2.770,56; e o menor foi verificado entre os trabalhadores da Agropecuária, com R$ 1.962,41.

No Brasil

Até dezembro de 2019, o pagamento do 13º salário deve injetar na economia brasileira mais de R$ 214 bilhões. Este montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 81 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 2.451. As estimativas são do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Para o cálculo, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho (hoje, parcialmente incorporado ao Ministério da Economia). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

No caso da Rais, o DIEESE considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, nos setores privado e público (celetistas ou estatutários), que trabalhavam em dezembro de 2018, e o saldo do Caged de 2019 (até setembro, com ajuste). Da Pnad foi utilizado o contingente estimado de empregados domésticos com registro em carteira.

Foram considerados ainda os beneficiários (aposentados e pensionistas) que, em julho de 2019, recebiam proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), do Regime Próprio da União e dos estados e municípios. Para esses dois últimos, entretanto, não foi obtido o número de beneficiários. Para os assalariados, o rendimento foi atualizado pela variação média do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – IBGE) entre janeiro e
setembro de 2019 sobre igual período de 2018.