Ao menos 27 pessoas ficaram feridas neste domingo em novos protestos contra o governo em Bagdá, capital do Iraque, e também no Sul do país. As manifestações haviam perdido força em meio à escalada de tensões entre Irã e Estados Unidos nas últimas semanas, mas os manifestantes tentam trazer a atenção da opinião pública de volta ao movimento.

Com o recuo na crise regional, ativistas iraquianos deram ao governo um prazo de uma semana para agir em relação às demandas de reforma política. Se o prazo não for cumprido, os manifestantes afirmam que irão aumentar a pressão em novas demonstrações públicas.

Conflitos entre manifestantes e forças de segurança deixaram ao menos 27 pessoas feridas no centro de Bagdá neste domingo. As forças dispararam bombas de gás lacrimogêneo para dispersar grupos na praça Tayaran e perto da ponte Sinak, ferindo 23 pessoas, de acordo com um ativista e dois médicos. Quatro policiais ficaram feridos após alguns manifestantes jogarem pedras nas forças de segurança.

Três ativistas iraquianos afirmaram que novas manifestações estão planejadas para os próximos dias, uma vez que os manifestantes tentam trazer o foco da atenção pública de volta ao seu movimento de massas.

A onda de manifestações começou em 1º de outubro do ano passado, quando milhares de iraquianos foram às ruas para reclamar da corrupção do governo, de serviços públicos precários e da falta de empregos. Eles demandam ainda o fim do sistema político sectário do país, além de eleições antecipadas e da renúncia da elite no comando do Iraque.