Jose Fernando Ogura/AEN – Pedágio: 4

As novas concessões de pedágio nas rodovias paranaenses que serão licitadas no ano que vem devem ter um modelo híbrido, que leva em conta tanto a menor tarifa quanto o valor da outorga a ser paga pelas empresas. A informação foi dada nesta segunda-feira (20) pelo secretário de Estado da Infraestrutura, Sandro Alex (PSD), em reunião por videoconferência com a bancada federal do Estado e o governador Ratinho Júnior (PSD).

As concessões atuais, que envolvem 2,5 mil quilômetros vencem em 2021. Além disso, o governo pretente incluir mais 1,3 mil quilômetros na nova concessão, totalizando 4,1 mil quilômetros de rodovias no Estado. De acordo com o secretário, além de uma redução em relação aos preços praticados atualmente, as empresas interessadas poderão oferecer mais descontos tarifários até atingir um teto. Se todas as concorrentes alcançarem esse teto, a disputa será pela maior outorga.

“Estamos fazendo ajustes para apresentar para a população paranaense um projeto robusto na fase de consultas. Estamos debatendo com as bancadas federal e estadual para decidir em conjunto a melhor forma de encaminhar o novo Anel de Integração para leilão. O paranaense quer uma tarifa justa”, afirmou Sandro Alex. “O modelo precisa evitar que o contrato se torne inexequível porque os estudos indicam pelo menos R$ 40 bilhões de investimentos em operação, além de R$ 42 bilhões em obras que se concentram nos primeiros anos de contrato”, defendeu.

O desenho final do Anel de Integração será divulgado apenas no ano que vem, depois das consultas públicas, quando será encaminhado para licitação. De acordo com o governo, a intenção é buscar um modelo de licitação que contemple obras fundamentais para o setor produtivo e a segurança dos usuários, além de desonerar os bolsos dos usuários. O estudo é elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística S.A (EPL), em parceria com o IFC, braço de projetos do Banco Mundial.

Mancha

Segundo o coordenador da bancada do Paraná na capital federal, deputado Toninho Wandscheer (PROS), os parlamentares e o governo do Estado têm compromisso com o desenvolvimento econômico e com o fim da mancha de corrupção sobre as concessões. “Já tivemos uma reunião com a EPL e ainda faltam ajustes nos estudos, precisamos chegar no equilíbrio, entender mais os processos. Queremos uma versão equilibrada para esses contratos de longo prazo”, disse.

Também foi agendada uma reunião com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para apresentar as demandas e dúvidas dos parlamentares. Um dos objetivos é indicar ao estudo contratado pelo governo federal especificidades regionais do Estado, uma vez que os novos traçados ficarão sob responsabilidade da iniciativa privada por 30 anos.