Franklin de Freitas – Empreendimento foi pensado para atender a clientela do Centro Cívico

Coração de Curitiba, o bairro Centro Cívico ganhou recentemente mais uma opção gastronômica de destaque. Trata-se do restaurante Takê (nome que em japonês significa bambu), que há 17 dias inaugurou sua mais nova loja em Curitiba, na Rua Doutor Roberto Barroso, número 22, quase ao lado da sede da Prefeitura de Curitiba.
Comandado por Gustavo Isao Kishino, que tem 39 anos e é também proprietário do Takê de São José dos Pinhais, o estabelecimento já vive dias agitados, mesmo sem ter feito qualquer tipo de campanha de divulgação. Até aqui, o sucesso se deve ao boca a boca, com clientes que almoçam no lugar e aprovam a qualidade e diversidade de comida oriental oferecida indicando o restaurante para conhecidos.

“Já temos um movimento grande, tem dia em que até dá fila aqui. Tem um potencial absurdo e a nossa localização é um grande diferencial”, conta ele, que entrou no ramo culinário em 2013, quando abriu um restaurante Takê em São José dos Pinhais, seguindo o sucesso do tio, que em 2008 abriu a primeira loja do Takê Cozinha Oriental em Curitiba, no box 200 do Mercado Municipal. A meta, conta Kishino, é atender 150 pessoas por dia no novo restaurante. Em São José dos Pinhais, já atende uma média de 115 clientes diariamente – o número já foi maior, com 160 pessoas por dia, mas caiu por conta da crise econômica. “Na terça-feira foi apenas meu 16º dia e na última sexta-feira já recebemos 110 pessoas”, conta ele, otimista com o futuro.

“O prefeito (Rafael Greca) veio aqui há uma semana. Quando estava indo embora, me parabenizou, pediu para fazer foto. Foi legal para caramba. E o pessoal que vem nos visitar só elogia”, diz o empresário. “O que o pessoal mais gosta daqui é da variedade e da qualidade. A produção é 100% padronizada, então minha comida, independente do dia em que você venha, vai ser sempre a mesma, com a mesma qualidade. E os clientes gostam disso”, complementa.

O Takê Centro Cívico fica na Rua Doutor Roberto Barroso, número 22, e funciona de segunda a sexta-feira, das 11h30 às 14h30, e no sábado, das 12 às 15 horas. O custo médio (ticket) por pessoa fica em R$ 38.

Jornada de empresário começou em São José dos Pinhais em 2013

Inaugurado em 2013, o Takê de São José dos Pinhais já é referência para os trabalhadores das diversas indústrias localizadas na região. Mas quem vê o sucesso do estabelecimento hoje não imagina as poucas e boas pela qual Gustavo Kishino teve de passar.

Quando decidiu abrir o restaurante na região metropolitana, por exemplo, o empresário visitou nove imobiliárias. Em oito, sequer foi atendido. Apenas quando visitou a última conseguiu alguma ajuda. “Acho que o pessoal não botava fé. Mas na nona imobiliária me atenderam e prometeram me ajudar a encontrar um ponto. Um mês e meio depois, encontraram o lugar e fechei o acordo para locação”, recorda.

Depois, quando o projeto já caminhava, vieram os maus agouros. “De cada dez pessoas que eu conversava, oito criticavam, diziam que não daria certo, tinha de abrir de noite, não no almoço, coisas assim. Pensei umas dez vezes em desistir, mas acabei seguindo em frente.”

A provação, porém, não havia terminado ainda. Com o restaurante já de pé, era hora de procurar os fornecedores. E aí mais problemas. “Quando abrimos, ninguém queria fornecer, diziam que ficava fora de mão. Então eu mesmo tinha de buscar a mercadoria. Mas logo no primeiro sábado após a inauguração tivemos de distribuir senha e chegou a faltar comida. Ali vi que daria certo.”

Restaurante na região Central da Capital era sonho antigo

Embora o sonho tenha se concretizado apenas neste ano, o desejo de Gustavo Kishino em abrir um restaurante Takê no Centro Cívico era antigo. O ponto onde hoje fica o restaurante já estava para alugar por volta de 2014, quando teve início o namoro. Há algum tempo, quando foi visitar a irmã que tem um escritório na região, acabou estacionando justamente em frente ao imóvel que havia visto anos antes e reparou que ainda estava para alugar.

“Sempre sonhei em ter o ponto, que era o meu público-alvo, pessoal que está na rua quer um lugar tranquilo para almoçar, fazer uma reunião, um ticket médio bom… Liguei, mandei a proposta e acabou dando certo”, relata o empresário, que torce pelo sucesso na nova empreitada para investir ainda mais no negócio. “Se der certo aqui, penso em abrir em outros lugares.Já veio um pessoal de Joinville para me oferecer um ponto lá e também fui para Ponta Grossa ver um lugar. Mas vamos devagar para não queimar a largada.”