Foto: Divulgação – Sebastiu00e3o Tapaju00f3s.

O violonista Sebastião Tapajós – reconhecido como um dos músicos brasileiros mais aclamados no Brasil e no exterior – chega a Curitiba para uma mini temporada na Caixa Cultural (R. Conselheiro Laurindo, 280 – Centro) com apresentações na sexta e sábado, dias 27 e 28, às 20 horas; e no domingo, dia 29, às 19 horas. “Por entre as árvores”, o show que Tapajós mostrará ao público curitibano, é inspirado pela paisagem que cerca seu local de trabalho: as árvores da Floresta Amazônica e o rio Tapajós. O espetáculo celebra seus 74 anos de vida, comemorados em 16 de abril. No palco ele será acompanhado pelo pianista Anderson Dourado.

Tapajós em Curitiba vai apresentar as seguintes canções, todas de sua autoria: “Milonga do Sabiá”, “Arariá”, “Ana Cam”, “Tributo à Edna”, “Um pro Ney”, “Por entre as árvores”, “Amigos do Recife”, “Emanuele”, “Rei Solano” e “Aos da guitarrada”. O músico paraense comenta que o violão é a razão da sua vida. “Ele é para mim, desde a minha infância em Santarém, a ajuda indispensável para uma boa comunicação”.

O nome do espetáculo, “Por entre as árvores”, que também é o título de uma das canções do show, define a vontade do músico de transportar o ambiente sensorial de sua residência, em Santarém, no Pará, para dentro do palco. “A música tem esse nome por conta do ambiente onde foi composta, na sala de ensaios que fica em frente a muitas árvores. Entre elas, a visão do rio Tapajós, que Sebastião diz que é sua piscina de 20 mil quilômetros de extensão”, conta Dourado, que encarou, junto a Sebastião Tapajós, a missão de preparar os arranjos de piano das composições.

O diálogo entre o violão mágico de Tapajós e o piano de Anderson Dourado é o diferencial desse show. O pianista que já trabalha com Sebastião desde o disco “Da Lapa ao Mascote” (2013) explica que 80% das composições são inéditas, o que cria grande expectativa no público de Sebastião. “O estilo das canções representa a essência da música brasileira, com foco no regionalismo característico, no que foi conhecido mundialmente como ‘o violão de Sebastião Tapajós’”, descreve.

De fato, Sebastião Pena Marcião, como conta Alfredo Oliveira em seu já clássico livro “Ritmos e Cantares”, é, talvez, o músico amazônico mais celebrado internacionalmente. Nascido em um barco que navegava pelo baixo Amazonas, no município de Alenquer, ele começou a tocar cedo, encantado pelos seresteiros da região. Viveu em Santarém desde muito pequeno e, de lá, mudou-se para Belém onde passou a integrar o grupo de baile “Os Mocorongos”, sempre com destaque para o seu virtuosismo ao violão. Estudou em Portugal e na Espanha, onde também se apresentou, causando sempre grande impacto em seu público.

Desistiu de ser professor de música em Belém e mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1967, onde não parou mais de encantar o público e foi contratado por várias gravadoras. Chegou a gravar oito discos em apenas três anos pelo selo do argentino Astor Piazzola. Sua carreira internacional deslanchou. Caiu nas graças, principalmente, da Alemanha, onde gravou dezenas de discos. Hoje já se vão mais de 50 discos e mais de 500 turnês por, pelo menos, 30 países.

Apesar disso, Tião, como é conhecido pelos amigos, é pessoa humilde, simples e generosa, que cita os parceiros paraenses com frequência, segundo o próprio Alfredo Oliveira. Com estilo único e inconfundível, o violão de Sebastião Tapajós viaja por uma harmonia densa e melodias fluidas, ora delicadas ora cheias de ataque percussivo. Os nomes de alguns de seus primeiros discos de sucesso dão o tom dessa magia: “Guitarra Cósmica” (1968), “Guitarra Fantástica” (1974) e “Guitarra Crioula” (1982), que conquistou o prêmio de Disco do Ano na Alemanha. Profícuo em sua produção, Tião lançou, em 2015, seu mais recente disco, “Aos da Guitarrada”, em que dialoga e festeja com o celebrado gênero paraense.

 

Links de espetáculos de Sebastião Tapajós:

https://www.youtube.com/watch?v=E9cvQB5BQ9E

Serviço:

Por Entre as Árvores – show com Sebastião Tapajós (violão) e Anderson Dourado (piano). Dias 27 e 28, sexta e sábado, às 20 horas; e dia 29, domingo; e domingo, às 19h, na Caixa Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro.

Ingressos: R$20 e R$10 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA) à venda a partir de 21 de abril (sábado). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura. Bilheteria: (41) 2118-5111 (De terça a sábado, das 12h às 20h. Domingo, das 16h às 19h.) Classificação etária: Livre. Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes).

Classificação etária: Livre para todos os públicos

Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes)

www.caixa.gov.br/imprensa|@imprensaCAIXA

www.caixa.gov.br/caixacultural