Um relatório divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em 2020 mapeou as práticas de consumo dos brasileiros, apresentando uma comparação entre os hábitos dos consumidores em 2013 e 2019. Entre as práticas analisadas, está o hábito de esperar por promoções e saldões: a pesquisa apontou que sete em cada dez brasileiros (71%) afirma esperar surgir uma promoção para adquirir bens de maior valor. Isso representou um crescimento em relação a 2013, quando 64% dos consumidores brasileiros tinham esse hábito. O estudo resultou de entrevistas com 2.000 pessoas em 126 municípios, feitas no período de 19 a 22 de setembro de 2019.

Outro hábito mapeado pela CNI no relatório foi o de pechinchar ao comprar. Oito em cada dez (81%) brasileiros possuem esse hábito, negociando o preço de bens de maior valor antes de comprá-los. Este percentual é próximo ao observado em 2013, quando a pesquisa indicou que 78% costumavam barganhar preços. Ainda segundo o estudo, brasileiros mais jovens, entre 16 e 24 anos, são os que menos costumam barganhar (um total de 73%).

A preocupação do consumidor brasileiro com os preços foi retratada também em outro estudo, a Pesquisa Black Friday 2021, feita pela área de Pesquisa e Audiência do UOL para Marcas em parceria com a MindMiners. O relatório, que ouviu 800 pessoas por meio de questionário on-line, apontou que 67% se declararam adeptos da Black Friday no ano passado. Outro ponto investigado pela pesquisa foi o hábito de pesquisar na internet o preço dos produtos: 92% dos entrevistados disseram fazer isso antes de comprar, sendo que 86% afirmaram ter o hábito de concluir a compra de forma on-line.

Beatriz Cavalheiro, redatora do serviço de comparação de preços Sábia Escolha, comenta que essa busca do consumidor brasileiro por menores preços está cada vez mais relacionada com o uso de internet. “O aumento no número de usuários na internet e o crescimento de tráfego e lojas on-line fazem com que as pessoas pesquisem mais os preços. Com isso, surge a oportunidade de sites comparadores de preços”.

Comparar preços para escolher o mais baixo é a prioridade de 49% dos brasileiros ao comprar, segundo a pesquisa da CNI. A porcentagem aumenta entre os brasileiros de renda familiar inferior a um salário mínimo: 54%. De 11 fatores considerados no momento da compra, escolher o menor preço foi o mais valorizado pelos entrevistados. “Nós sempre tivemos descontos e parcelamento sem juros no cartão, diferentemente de outros países. Isso também pode explicar a popularidade de serviços comparativos de preços”, acrescenta Cavalheiro.

Custo-benefício 

A segunda prioridade dos brasileiros ao comprar, ainda de acordo com o relatório da CNI, é qualidade e durabilidade do produto. A pesquisa concluiu que os brasileiros valorizam mais preço e qualidade e menos propaganda e design na compra de bens de maior valor. Cavalheiro explica que “o melhor custo-benefício vem dos produtos que entregam mais pelo melhor preço. Para avaliar isso, devemos ver as características e funcionalidades dos produtos, os comentários de clientes reais e o preço”.

Outras prioridades do consumidor brasileiro listadas pela CNI, como marca e avaliações de consumidores, também são informações reunidas pelos serviços comparativos de preços. Segundo a profissional, os produtos mais buscados pelos consumidores nesses sites são eletrônicos e eletrodomésticos, categoria citada como a mais buscada pelos consumidores entrevistados para a pesquisa do UOL para Marcas. 

A tendência, segundo a Pesquisa Black Friday 2021, é que essa relação do consumidor brasileiro com a internet se consolide mesmo com o retorno das lojas físicas, após a retirada de restrições impostas pela pandemia de Covid-19. “Acompanhando esses dois hábitos dos brasileiros, de buscar menores preços e de comprar pela internet, esperamos uma busca cada vez maior pelos sites de serviços de comparação de produtos”, conclui.

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