Divulgação/Teto

"Você deve conhecer a cantiga “era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada”. E é exatamente assim que a casa do Cícero está. Localizada na Caximba, uma das regiões mais pobres de Curitiba, a residência do Cícero não oferece condições básicas para uma vida digna. Mas ele nunca desistiu. Roda pela comunidade em busca de tábuas para construir o seu lar. Por causa de um problema de saúde, nem alimentos o Cícero tem condições de comprar. Há anos ele vive de doações dos vizinhos, pessoas que muitas vezes cederam até mesmo o chão de casa para Cícero dormir".

O texto acima faz parte de um material da organização internacional TETO, que neste final de semana faz um mutirão para levantar 18 moradias de emergência na Caximba e no Parolin, ambas em Curitiba. Cícero será um dos beneficiados.

A organização internacional TETO atua para garantir o direito à moradia nas favelas mais precárias e invisíveis do país, por meio de programas sociais que geram soluções concretas de melhorias das condições de moradia e habitat. No sábado (28) e no domingo (29), mais de 250 voluntários da organização irão levantar com as próprias mãos 18 casas nas comunidades da Caximba e do Parolin, beneficiando famílias que lutam diariamente por uma vida mais digna. As moradias substituem as casas que já existiam no local, trazendo uma solução emergencial de alívio imediato às famílias que estão atualmente em situação de precariedade.

Para chegar aos beneficiados, o TETO promoveu diversas ações especiais, que vão de entrevistas com os interessados até a análise dos terrenos que irão receber as moradias. “São meses de estudos para chegarmos até as famílias que serão beneficiadas em cada construção do TETO. Procuramos entender muito bem a vulnerabilidade das famílias e de suas moradias. No final, as mais necessitadas são comtempladas pelo projeto. Mas é lógico que exigimos o engajamento total dos moradores nas reuniões e, até mesmo, nos dias da construção, tudo para que eles saibam que são realmente os donos das casas”, comenta Raphael Gonzaga.

Para tirar do papel o sonho das famílias da Caximba e do Parolin, o TETO vai investir mais de R$ 100 mil, montante que engloba todos os materiais necessários para a construção das casas e, também, a infraestrutura necessária para transporte, alimentação e acomodação dos voluntários. “Nós não contamos com dinheiro público. Todo o nosso investimento é feito a partir de valores arrecadados em ações especiais da organização e, principalmente, por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas. Ou seja, o TETO é um caso digno de pessoas ajudando pessoas. Temos muito orgulho disso”, completa Lucas Kogut, diretor geral do TETO Paraná.